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Fraude no TRE-AM pode ter prejudicado Cileide “Rainha das Comunidades”

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Manaus – O escândalo de fraude nas urnas de Manaus foi detectado logo após a contagem no mesmo dia da eleição. O advogado que acompanhava a apuração dos votos, presenciou algo sobrenatural dentro do TRE-AM. OS votos da ‘rainhas das comunidades desapareceram as 18:30, ficando apenas os votos no nome de Cileide Moussallem.

Veja o que aconteceu: “Eu já sabia disso desde que a eleição terminou, pois no dia da apuração um assessor meu que acompanhava tudo de perto viu às 18h37 a Rainha das Comunidades já estava com 27 mil votos, e quando a contagem foi jogada no painel os votos haviam desaparecidos”, afirmou Cileide.

E disse mais: “Questionado para dizer a verdade, o auxiliar das urnas disse que estava confuso e que não iria mexer com ‘cachorro grande’. Às 19h os votos que apareciam já não eram mais os 27 mil, e sim 2.700 votos”.

No entanto, segundo ela, a prova maior de que foi vítima de fraude no TRE-AM está no fato de que o seu próprio voto não apareceu na seção onde votou. Oficialmente, Cileide obteve 3.820 votos  (0,22% dos votos válidos).

Uma semana após o termino das eleições, Cileide ingressou no TRE com pedido de recontagem de votos. Até agora, porém, o presidente do tribunal, desembargador João Simões, não julgou a ação. “Vou brigar para que haja nova eleição para deputado estadual no Amazonas”, ressaltou Cileide.

“Justamente da Rainha das Comunidades havia dois nomes. Nas urnas aparecia o nome Cileide Rainha das Comunidades com uma foto que foi retirada da internet, e em outras urnas aparecia outra foto, a oficial da campanha, com a blusa do Brasil e com o nome Cileide Moussallem Rodrigues. A apuração, no entanto, revelou apenas as urnas com a foto retirada da web e o nome que não era oficial”, declarou Cileide.

O ESQUEMA COMEÇA APARECER UMA SEMANA ANTES DA DIPLOMAÇÃO:

CASO SAULLO VIANNA

Segundo uma fonte altamente confiável, boa parte dos 27 mil e oitocentos votos obtidos no último pleito pelo deputado estadual Saullo Ramos (PPS) pode ter saído de um esquema de fraude montado por um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).

A Polícia Federal começou a investigar a suposta fraude que teria beneficiado Saullo Vianna após a prisão do servidor no dia 7 de outubro deste ano.

O servidor, de iniciais W.O.A.S., foi preso com 20 mil reais após ser denunciado à Polícia Federal por um candidato a deputado federal a quem ele quis vender votos.

Segundo a nossa fonte, a cada 4 mil votos o servidor cobrava 200 mil reais. 

De acordo com a mesma fonte, a fraude teria ocorrido nos relatórios de apuração por zona eleitoral, e não nas urnas eletrônicas.

A fraude, segundo o servidor teria relatado à Polícia Federal, consistia em transferir votos de vários candidatos para o candidato que aceitasse pagar por isso.

No entendimento da nossa fonte, talvez resida aí a explicação para a extraordinária votação do “ilustre desconhecido” Saullo Vianna, que teria pagado uma dinheirama por milhares de votos que pertenciam a outros candidatos.

Juntamente com Saulo Ramos foram presos ontem dois homens de sua confiança. Um deles é o ex-coordenador de sua campanha.

Foram os dois – garantiu a nossa fonte – que, a mando de Saulo Vianna, fizeram toda a negociação com o servidor do TRE.

As investigações da PF vão dizer se os relatórios realmente foram fraudados para beneficiar Saullo Vianna.

Só em Manaus, onde ninguém sabia da existência de Saullo Vianna, ele obteve mais de 11 mil votos. 

Saullo Vianna é casado com a irmã do todo poderoso vice-prefeito de Presidente Figueiredo, Mário Abrahão.

Foi de lá, de Presidente Figueiredo, município a 107 anos de Manaus, que teia saído pelo um milhão de reais para a campanha de Saullo Vianna. Mas esta é outra história, que em breve contaremos.

Agora está explicado por que um dos motivos da prisão de Saullo Vianna – ocorrida ontem por determinação judicial – é o crime de associação criminosa.

Por não ter curso superior, Saullo está numa cela comum do Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II), no quilômetro 8 na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR).

Ele também é investigado por crime de corrupção.


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