Escândalo: esposas de Ministros de Lula ganham cargos em Tribunais de Contas, com média salarial de R$ 40 mil; veja vídeo
Brasil – Um levantamento da Folha de S.Paulo trouxe à tona um padrão polêmico envolvendo cinco ministros do governo Lula (PT): suas esposas foram recentemente nomeadas para cargos em Tribunais de Contas estaduais. As posições, além de vitalícias, oferecem altos salários e têm gerado questionamentos sobre ética e favorecimento político.
A mais recente indicação foi a de Onélia Santana, esposa de Camilo Santana (PT), ministro da Educação, para o Tribunal de Contas do Ceará (TCE-CE). A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, nesta sexta-feira (13), a nomeação da psicopedagoga com 36 votos favoráveis, em votação secreta. O cargo, vitalício, garante a Onélia um salário de R$ 39,7 mil mensais até a aposentadoria compulsória aos 75 anos.
Essa nomeação integra uma sequência de eventos similares que têm gerado críticas nas redes sociais e no meio político. Confira os casos mais recentes:
Onélia Santana: TCE do Ceará
Com formação em letras e psicopedagogia, Onélia ocupava o cargo de secretária estadual de Proteção Social. Sua indicação ao TCE do Ceará foi viabilizada por aliados do marido, que governou o estado de 2015 a 2022. A vaga surgiu após a morte de um conselheiro em junho, e a sabatina da psicopedagoga contou com ênfase em suas contribuições no setor social.
Renata Calheiros: TCE de Alagoas
Renata Calheiros, esposa do ministro Renan Filho (Transportes), foi eleita conselheira do TCE de Alagoas em dezembro de 2022. Sua nova função a coloca como fiscal das contas do governador Paulo Dantas (MDB), aliado político de sua família.
Rejane Dias: TCE do Piauí
No início de 2023, a deputada federal Rejane Dias, casada com o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social), foi eleita conselheira do TCE-PI. Com vasta experiência na política, Rejane recebeu apoio unânime da Assembleia Legislativa local.
Aline Peixoto: TCM da Bahia
A esposa de Rui Costa (Casa Civil), Aline Peixoto, enfermeira por formação, enfrentou resistência pública, inclusive do senador Jaques Wagner (PT), mas ainda assim garantiu sua vaga no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia em março de 2023.
Marília Góes: TCE do Amapá
Marília Góes, casada com o ministro Waldez Góes (Integração Nacional), assumiu um cargo no TCE do Amapá em 2022. Sua posse foi inicialmente suspensa, mas posteriormente validada.
Impacto e Críticas
Os casos levantam debates sobre nepotismo e abuso de influência no governo Lula. Embora os cargos em Tribunais de Contas sejam indicados pelas Assembleias Legislativas, as articulações políticas envolvendo aliados dos ministros não passaram despercebidas.
Especialistas apontam que essas nomeações podem minar a credibilidade dos Tribunais de Contas, que desempenham papel crucial na fiscalização dos gastos públicos. Nas redes sociais, a hashtag #AcabouAMamata ironiza a promessa petista de combate ao favorecimento político.