Em motociata, Bolsonaro diz que acordo entre WhatsApp e TSE ‘é inaceitável, censura e não será cumprido’
Brasil – O presidente Jair Bolsonaro reclamou nesta sexta-feira (15) da decisão do WhatsApp de implementar novos recursos no Brasil somente após as eleições de outubro. O adiamento da atualização é fruto de um compromisso da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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O WhatsApp anunciou na quinta-feira que vai lançar uma nova funcionalidade, chamada Comunidades, no próximo ano. O recurso vai possibilitar que administradores reúnam diferentes grupos sob um só guarda-chuva, ampliando o alcance de mensagens. O novo recurso, em fase de testes, pode facilitar a circulação de notícias falsas. Atualmente, os grupos de WhatsApp podem ter no máximo 256 integrantes.
Bolsonaro participa de um passeio de moto com apoiadores em São Paulo nesta sexta-feira, num trajeto que vai da capital até Americana. No meio do caminho, ele parou para falar com outros motociclistas e afirmou que o acordo do WhatsApp com o TSE “não será cumprido”.
“E já adianto. Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, declarou.
Na chegada a Americana, destino do passeio, Bolsonaro discursou para uma multidão de apoiadores e retomou o assunto. Ele chamou o acordo entre o WhatsApp e o TSE de “censura”.
“O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial para o Brasil. Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês, nem por lei, quem dirá por um acordo”, declarou.
Com informações via O Globo