Deputado Marcel van Hattem é o único candidato da direita na disputa pela presidência da Câmara; veja vídeo
Brasil – O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) oficializou sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados na última segunda-feira (27), apresentando-se como o único representante da direita na disputa. A eleição, que ocorrerá em 1º de fevereiro, marcará o início do novo ano legislativo e definirá a liderança da Casa para os próximos dois anos.
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Van Hattem destacou que sua candidatura busca oferecer uma alternativa para parlamentares que defendem pautas conservadoras e liberais, além de reforçar a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a Câmara precisa romper com os grupos que há anos controlam o Congresso Nacional.
— A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos — declarou.
Além de van Hattem, disputam a presidência da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Enquanto Motta é apontado como favorito e tem apoio do atual governo, Vieira representa a esquerda. O candidato do Novo, por outro lado, defende pautas como o impeachment de Lula, a retomada de uma CPI para investigar abusos de autoridade, o fim do foro privilegiado, a prisão após condenação em segunda instância e a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
— Não há clareza sobre quais propostas da oposição serão de fato implementadas por Hugo Motta se, de fato, for eleito. E quando alguém tem apoio do PT eu tenho automaticamente o pé atrás — afirmou.
Com trajetória política iniciada como vereador no Rio Grande do Sul, van Hattem se tornou deputado estadual antes de chegar à Câmara Federal, onde atua desde 2019. Sua candidatura reforça o posicionamento da direita no Congresso, embora não conte com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados mais próximos.
A eleição para a presidência da Câmara exigirá maioria absoluta dos votos no primeiro turno ou maioria simples no segundo turno. O presidente eleito comandará a Casa até 2027 e poderá concorrer à reeleição na legislatura seguinte.