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Cyro Batará começa 2025 “luxando” com os R$ 5,6 milhões que ganhou da ALEAM ao longo de 2024

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Cyro Batará começa 2025 "luxando" com os R$ 5,6 milhões que ganhou da ALEAM ao longo de 2024

Amazonas – Enquanto as redes sociais de Cyro Batará exibem passeios luxuosos de lancha e viagens para Cancun, os contratos milionários entre sua empresa, a BRA Produção e Aluguel de Equipamentos Ltda., e a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) continuam chamando atenção. Apenas em 2024, a BRA recebeu R$ 5.621.232,52 dos cofres públicos, mantendo uma relação comercial multimilionária que vem se prorrogando desde 2018.

Contrato Milionário: mais de 25 milhões em 7 anos de lucratividade

A empresa de Cyro Batará, anteriormente registrada como Amazonas Produtora Cinematográfica Ltda., se tornou uma constante nos contratos da ALEAM, especialmente sob a presidência de Roberto Cidade. Ao longo dos últimos sete anos, a BRA acumulou os seguintes valores:

  • 2024: R$ 5.621.232,52
  • 2023: R$ 3.691.863,60
  • 2022: R$ 4.117.320,00
  • 2021: R$ 3.772.440,00
  • 2020: R$ 3.600.000,00
  • 2019: R$ 3.900.000,00
  • 2018: R$ 300.000,00

Somando-se os valores, a BRA faturou impressionantes R$ 25.002.856,12 em apenas sete anos, consolidando sua posição como uma das empresas que mais consome recursos da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Atualmente o contrato, que começou com “modestos” R$ 300 mil reais pagos em 2018, saltou para mais de R$ 5,6 milhões em 2025 e continua recebendo termos aditivos assinados por Wander Araújo Motta, Diretor Geral da ALEAM. As atas ou os extratos divulgados nos Diários Oficiais, no entanto, omitem o valor ajustado e o aumento das parcela que estão sendo pagas para a empresa de Cyro Batará.

Wander Motta e Roberto Cidade no Auditório Deputado Belarmino Lins - ALEAM

Wander Motta e Roberto Cidade no Auditório Deputado Belarmino Lins – ALEAM

Alvo do MPAM por suspeita de superfaturamento

A relação comercial entre a BRA e a ALEAM não passou despercebida pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). Em outubro de 2023, o procurador-geral de Justiça, Alberto Nascimento Júnior, recomendou a suspensão do contrato vigente com a empresa, após receber uma denúncia anônima que apontava irregularidades no processo licitatório. Segundo a denúncia, a Assembleia ignorou propostas mais vantajosas, de R$ 4,2 milhões e R$ 4,7 milhões, optando por contratar a BRA por um valor três vezes superior.

Os itens locados também foram motivo de suspeita. A denúncia alegava que o custo de locação era “muito superior ao valor de compra”, configurando indícios de superfaturamento. Apesar disso, a ALEAM defendeu a legitimidade do contrato, argumentando que a fragmentação da licitação não era tecnicamente viável, dado que os equipamentos deveriam operar de forma integrada no estúdio da TV ALEAM.


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