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BOMBA: Delegado vira alvo da PF após inserir provas falsas em investigação contra ex-Ministro da Educação

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BOMBA: Delegado é indiciado pela PF após inserir provas falsas em investigação contra ex-Ministro da Educação

Brasil – O delegado Bruno Calandrini foi indiciado pela Polícia Federal por abuso de autoridade. O relatório de conclusão afirma que houve inserção de dados falsos na investigação sobre uma possível interferência, apontada pelo próprio Calandrini, no suposto caso de corrupção contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

O delegado vai responder por prevaricação, inserção de dados falsos e de abuso de autoridade. Confira documento: Relatorio-Final-PF-Bruno-Calandrini-29mar2024

Calandrini foi o responsável pela operação sobre da liberação irregular de verbas do Ministério da Educação, na qual o ex-ministro foi preso. No entanto, apontou interferência na condução de policiais federais durante a prisão de Ribeiro.

O relatório da PF concluiu que a interferência apresentada pelo delegado não existiu. Conforme o documento, Bruno Calandrini teria ouvido funcionários da administração pública sem autorização para apurar a suposta participação deles na investigação sobre corrupção no MEC.

Depoimentos de João Batista Silva Barbosa, Diretor de Administração Penitenciária, Vinicius Araújo de Lima, delegado da Polícia Federal, Samuelson Yoiti Igaki, Secretário de Estado de Administração Pública, e Carlos Olavo Silveira, Diretor de Inteligência da SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), não teriam sido anexados às investigações.

Todos os 4 trabalhavam em seus cargos na época em que o ex-ministro foi preso e teriam auxiliado, segundo Calandrini, na saída de Milton Ribeiro da prisão. O ex-ministro foi preso em junho de 2022 e solto no dia seguinte, quando o delegado afirmou ter havido interferência nas investigações contra o ministro. Em julho, ele protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) uma representação por corrupção policial e deu início à apuração.

O relatório da PF explicou que quando há necessidade de investigar policiais federais por participação em crimes, a Corregedoria de Polícia instaura um inquérito policial, comunica o Ministério Público e designa um membro para acompanhar a investigação. O processo não foi respeitado por Calandrini. Ele teria colocado, ainda, a investigação em sigilo “sem necessidade”.

O depoimento de Barbosa, Lima, Igaki e Silveira poderiam, portanto, conter informações contra o próprio Calandrini, já que ficou comprovado que não houve interferência nas investigações, segundo a PF. As oitivas não foram encontradas no sistema, afirmou o delegado responsável pelo caso, Flávio Vietez Reis.

Entenda o Caso

Bruno Calandrini foi responsável pela investigação sobre um suposto caso corrupção no Ministério da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL), que levou Milton Ribeiro à prisão. Em junho de 2022, o delegado pediu ao STF a prisão de integrantes da cúpula da Polícia Federal.

Milton foi preso em junho e solto no dia seguinte pelo juiz federal Ney Bello, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Foi quando Calandrini enviou mensagens a colegas dizendo que houve “interferência nas investigações contra Milton”.

Segundo ele, houve tratamento diferenciado para o ex-ministro na época.

Créditos: Poder360


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