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Tenente que matou os colegas da PM diz que estava endemoniado e alucinado

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Manaus – O sargento Edizandro Santos Louzada, de 40 anos, e o cabo Grasiano Monte Negreiros, 36, os dois da Polícia Militar do Amazonas, foram assassinados a tiros na madrugada do sábado (5), em Manaus, na rua Monte Horebe, bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte da capital. O suspeito de ser o autor dos disparos é o tenente Joselito Pessoa, comandante da 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que foi preso em flagrante.

As informações foram confirmadas pela própria polícia. Segundo as autoridades, outras duas pessoas foram baleadas, incluindo outro PM, o major Lurdenilson Lima de Paula, 40, que corre risco de ficar paraplégico, e um civil, o autônomo Robson Almeida Rodrigues, 25, que foi ferido na mão.

Depois de ter retomado a consciência,  Joselito declarou aos seus advogados, Mário Vítor e Mozarth Bessa, que estava de férias desde o dia 1º de janeiro, quando recebeu uma ligação, às 17h54, do seu comandante, o major Lurdenilson, chamando-o para ir até a Cicom.

Ao chegar na companhia, ele se deparou com um festival de cerveja, pois o major comemorava a sua promoção que saiu no dia 25 de dezembro. Na Cicom,  eles beberam aproximadamente 40 cervejas. depois, por volta das 21h15, eles foram para a mercearia Jesus Me Deu,  de propriedade do cabo Graziano. Na sequência, chegou o borracheiro que se juntou ao grupo e eles consumiram mais dez caixas de cerveja.

Conforme o depoimento do borracheiro Robson, o grupo saiu da mercearia por volta da meia noite em um Voyage, que é uma viatura descaracteriza da PM. Os policiais estavam armados com pistolas calibre ponto 40, também pertencentes à corporação. Eles seguiram para o bar Alambique, mas  foram impedidos de permanecer no local pelos seguranças da casa.

O quinteto saiu com um balde de cerveja com dez unidades e pretendia continuar a bebedeira no bar Chapolin, na Zona Norte, porém, antes de chegar aconteceu a tragédia. O borracheiro disse que Joselito surtou, sacou a arma e atirou nos colegas. Para os advogados, o tenente disse achar que estava sonhando estar em uma guerra e, quando deu conta de si, Robson estava em cima dele dizendo:  “Ei, tu matastes os caras”.

Sem recordação

Os policiais beberam cerca 37 litros de cerveja em cinco horas. Conforme o advogado Mario Vitor, o estado de embriaguez de Joselito era tão intenso que, 48h depois,  ele ainda estava embriagado e que só recorda o que aconteceu até quando o grupo saiu da mercearia Jesus me Deu.


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