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Por ciúmes da criança, madrasta usou brinquedo e induziu enteada a se afogar em máquina de lavar; veja vídeo

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Por ciúmes da criança, madrasta usou brinquedo e induziu enteada a se afogar em máquina de lavar; veja vídeo

Brasil – O Ministério Público do Paraná (MP-PR) revelou detalhes chocantes de um crime que abalou a comunidade de Cascavel, Paraná. Suzana Dazar dos Santos foi denunciada e tornou-se ré por homicídio doloso após, supostamente, induzir sua enteada de apenas três anos, Isabelly Oliveira Assunpção, a se afogar na máquina de lavar roupas em um ato motivado por ciúmes e sentimento de posse.

O crime ocorreu na véspera do Dia das Mães de 2022, quando Isabelly estava passando o final de semana com o pai, que, no momento do acidente, estava no trabalho. Segundo a denúncia obtida exclusivamente pela RPC Cascavel, Suzana teria preparado uma armadilha mortal: colocou um banco de plástico em frente à máquina de lavar, encheu-a de água, e inseriu brinquedos dentro do eletrodoméstico. Em seguida, posicionou Isabelly sobre o banco para que ela brincasse com os brinquedos submersos, deixando-a desassistida tempo suficiente para que o trágico ocorresse.

A acusação do MP-PR é clara: Suzana “previu e assumiu conscientemente o risco de ocasionar a morte da vítima”. O documento judicial detalha que o ato foi motivado por um ciúme patológico da madrasta em relação ao pai da criança, acreditando que a presença de Isabelly interferia no relacionamento do casal.

A denúncia qualifica o crime como homicídio doloso por motivo torpe, com emprego de asfixia e em contexto de violência doméstica e familiar, dada a relação entre a madrasta e a vítima, uma criança menor de 14 anos.

A defesa de Suzana, através dos advogados Paulo Hara Júnior e Suelane Gundim, contesta veementemente a acusação, argumentando que o episódio foi um acidente. Eles afirmam que não há provas de intenção de matar e que Suzana tinha um bom relacionamento com a enteada. “Não tem dolo, não tem marcas, nada mencionando isso no processo”, defendeu Gundim.

Por outro lado, a defesa da mãe biológica de Isabelly, representada pelo advogado Alexander Beilner, insiste que tudo foi meticulosamente planejado. “Ela preparou toda uma situação para que o crime acontecesse”, argumentou Beilner, destacando a colocação intencional dos brinquedos e a vulnerabilidade da criança deixada sozinha na lavanderia.

O caso, que tramita em segredo de Justiça, aguarda agora a manifestação da defesa de Suzana, com o prazo de dez dias para reação. Após isso, o juiz decidirá se mantém a denúncia como homicídio com dolo eventual, o que levaria o caso a júri popular.

A história de Isabelly, uma trágica vítima de um ato que, segundo o MP, foi premeditado pelo ciúme da madrasta, continua a ecoar como um alerta sobre as profundas e sombrias dinâmicas de relacionamentos familiares.


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