Justiça Federal coloca novamente Afonso Lobo de volta para cadeia
Manaus- Uma semana após ter conseguido decisão na Justiça concedendo prisão domiciliar, o ex-secretário Afonso Lobo, preso durante a operação Custo Político, segunda fase da operação Maus Caminhos, tornou a ser preso preventivamente retornou na tarde desta quinta-feira (1º).
Lobo foi preso preventivamente no dia 13 de dezembro de 2017, na deflagração da Operação Custo Político e beneficiado com a prisão domiciliar por decisão judicial dada pelo juiz federal Ricardo Salles, durante o plantão judiciário.
A decisão atendeu a recurso apresentado pelo Ministério Público Federal, que argumentou o fato de que a prisão domiciliar foi deferida sem haver pedido da defesa desse benefício e pelo fato de que não foi identificada nenhuma hipótese prevista na lei que autorizasse a concessão do benefício ao investigado.
Conforme a decisão, a defesa não conseguiu demonstrar a imprescindibilidade para o cuidado do seu filho menor de seis anos, assim como a existência de doença grave que estaria causando “extrema debilidade” ao ex-secretário, conforme consta na decisão que autorizou a prisão domiciliar.
Outro argumento usado para sustentar a necessidade da domiciliar foi a falta de segurança do sistema prisional, o que, segundo Serizawa, não é válido, uma vez que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não emitiu qualquer notificação sobre risco de integridade de Lobo na cadeia.
Lobo, após passar por exame de corpo de delito, foi encaminhado pela polícia federal para a Central de Recebimento e Triagem (CRT) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, que funciona no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1).
Em seguida deve ser encaminhado, segundo a Seap, para o Centro de Detenção Provisória Masculino 2 (CDPM 2), onde estão custodiados os presos da Operação.