Desesperados após descoberta de golpe, Grupo Lótus revela nome de mais empresas no esquema
Manaus – O grupo Lótus Corporate, alvo de investigação da Polícia Federal nesta sexta-feira (14) após golpes contra mais de 200 servidores públicos em Manaus, Rio de Janeiro, Belém, Boa Vista e Natal emitiu uma nota nas redes sociais após ser confrontado e acabou expondo outro sócio.
Após apagar suas contas comercias como página no Facebook e site oficial, a Lótus deixou online somente a página no Instagram, ao qual emitiu as últimas notas de esclarecimento antes do ‘castelo de areia’ da empresa desabar. No desespero de ‘ganhar’ tempo e tentar gerenciar a crise ocasionada pela descoberta da farsa dos crimes de falso empréstimo, estelionato e lavagem de dinheiro, o perfil acabou expondo a empresa SLM Company, gerenciada por Humberto Barbosa, que também era sócio de Jorge Dias e Farley, proprietários da Lótus.
Empresa inapta
Em consulta à site de transparência pelo CNPJ, a situação da SLM Company, no entanto, consta como “inapta” e com atividade principal divergente da qual anuncia realizar. Confira:
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Um fluxograma da investigação mostra que Humberto Barbosa também atuou como “operador financeiro” da Lótus. A SLM Company chegou a ser vinculada na imprensa manauara como uma promissora empresa de “energia limpa”, baseada em geração fotovoltaica, que prometia lucro milionário aos clientes. A proposta da SLM lembra inclusive outra empresa golpista no setor, a Econ Global, que sumiu com dinheiro de clientes em 2020.
Em vídeos e fotos postados em redes sociais, os sócios apareciam ostentando vida luxuosa em festas com exibição de pacotes de dinheiro. O registro da empresa aparece com a razão social de Lotus Business Center Promoção de Vendes Ltda, com inscrição no CNPJ 36.270.401/0001-09, tendo sede em Manaus, capital do Amazonas.
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