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Conversas de WhatsApp mostram chefe assediando jovem que precisava de emprego na Zona Norte; veja

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Brasil – Um caso de assédio sexual repercutiu nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (10). Uma mulher, identificada como Priscila Lima, de 32 anos, revelou que foi assediada pelo chefe em seu local de trabalho. Ela seria coordenadora de saúde e ele o diretor, ambos de um hospital no município de Pedro Toledo, localizado na zona Norte de São Paulo.

Funcionária diz que sofreu  violência sexual por parte de diretor de Saúde de Pedro de Toledo, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Conversas de WhatsApp mostram o diretor assediando sexualmente a funcionária que alega ser vítima de chantagens dentro da unidade hospitalar. O suspeito quando tomou conhecimento da repercussão do caso, negou tudo e se considera vítima de perseguição política.

De acordo com Priscila, as investidas sexuais começaram antes mesmo de trabalhar no hospital do município. Na primeira conversa, o suspeito aparece elogiando uma foto das redes sociais particulares da funcionária.

Priscila afirma que em conversa que seria sobre emprego, superior mandou print de uma foto sua com decote e perguntou "como fazia para ver de perto" — Foto: Arquivo Pessoal

Na foto, Priscila aparecia de biquíni em um momento de lazer. O superior então teria feito um print e enviado a ela, tentando puxar assunto fazendo elogios, mas a funcionária não respondeu. Alguns minutos depois o homem insiste e pergunta o que deveria fazer para ver os seios de Priscila mais de perto, sem respostas novamente, ele pede mais fotos do mesmo estilo.

Priscila conta que percebeu que se tratava de uma espécie de jogo sexual, e que em um primeiro momento, acabou cedendo e participando, pois precisava muito do emprego, já que o marido havia morrido recentemente.

“Eu estava desesperada. Cedi e tive relações sexuais com ele. A situação era difícil e tenho uma filha para criar”, conta.

A Prefeitura de Pedro de Toledo pediu explicações ao funcionário sobre as acusações, mas ele negou todos os fatos e disse ainda que tudo era perseguição política. Ele também afirmou que os prints estão parciais e entregou o próprio celular para a polícia. Enquanto as investigações do caso acontecem, o suspeito foi afastado do trabalho.

Ainda segundo Priscila, o jogo sexual via WhatsApp acabou indo parar dentro do hospital. Em determinado dia, ela conta que foi levada para uma sala, onde ele tirou a calça e exigiu que ela praticasse sexo oral pois essas “seriam as regras da casa”. A funcionária disse ainda que o superior disse que sempre que ele quisesse algo, faria um sinal com a cabeça para ela ir para a sala.

A jovem explica que, com a situação se tornando insustentável, passou a negar as tentativas com veemência. “Um dia ele voltou de viagem e me chamou. Eu falei que não iria. Ele voltou e me demitiu na frente de todos os funcionários. Eu já pensava em sair por causa da situação, mas ele passou a prejudicar a minha imagem e disse que minhas roupas eram indecentes”, lamenta.

Após a demissão, a profissional compareceu à delegacia e registrou boletim de ocorrência contra o superior. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Peruíbe, que instaurou inquérito policial para apurar os crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual. A investigação tramita em segredo de Justiça, por se tratar de crime sexual.

 


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