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Escritório americano estuda abrir ação contra Bradesco

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SÃO PAULO – O escritório de advocacia americano Glancy Prongay & Murray LLP, localizado em Los Angeles, estudar abrir um processo contra o Bradesco por possível envolvimento da instituição financeira na Operação Zelotes, da Polícia Federal (PF). Os advogados vão avaliar se o banco violou alguma lei federal do mercado acionário. “O GPM está preparando uma ação judicial em nome de investidores afetados”, afirmou em comunicado. Assim como aconteceu com a Petrobras, é possível que outras bancas americanas façam o mesmo.

No dia 31 de maio, a PF indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, por possível envolvimento no caso Zelotes, que investiga um esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Outros dois executivos também foram indiciados: o vice-presidente Domingos Figueiredo Abreu e o diretor-financeiro do banco, Luiz Carlos Angelotti.

A PF investiga se o banco pagou algum tipo de propina ao grupo que organizava um esquema de facilitação para reverter multas fiscais no Carf. Conselheiros, ex-conselheiros e escritórios de advocacia estão envolvidos nessa investigação.

Após o indiciamento, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) do Bradesco negociados no mercado americano caíram perto de 6%, fechando a US$ 6,24. No Brasil, as ações preferenciais fecharam em queda de 5%. Nesta sexta-feira, os ADRs eram negociadas a US$ 6,72.

Procurando, o Bradesco informou que não considera que as oscilações ocorridas pelos papéis foram relevantes para uma ação judicial. “O Bradesco considera prestados os esclarecimentos devidos sobre os episódios recentes. E não entende ter havido oscilações relevantes no preço dos papéis da instituição nesta semana para justificar a movimentação dos investidores no sentido de uma ação judicial”, justificou.

O escritório pede para ser procurado pelos investidores que tenham papéis do banco e que se sintam prejudicados.


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