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Dólar cai 1,19%, a R$ 3,545, com criação de vagas frustrante nos EUA

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RIO E SÃO PAULO – O dólar comercial registrava, às 12h46, queda de 1,19% ante o real, cotado a R$ 3,543 na compra e a R$ 3,545 na venda, depois da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho americano. A economia dos Estados Unidos criou em maio o menor número de vagas em mais de cinco anos, fazendo com que os investidores reduzissem as apostas de que o Federal Reserve (banco central do país) subirá juros em junho — movimento que leva a um enfraquecimento do dólar. Na mínima da sessão até agora, o dólar chegou a valer R$ 3,528.

Os mercados acionários dos países desenvolvidos reagem mal aos dados americanos, com analistas dizendo que a surpresa com os números trouxe incerteza para o mercado e levantou dúvidas sobre a solidez da economia americana e, consequentemente, o ritmo da atividade global. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), porém, opera na contramão dos mercados externos e registrava alta de 1,28%, aos 50.205 pontos. O movimento também ocorre em outros países emergentes, que têm mais a perder com o processo de elevação de juros dos EUA.

— Depois da divulgação dos dados de emprego, o dólar passou a afundar no mundo inteiro e aqui não foi diferente, com a moeda registrando mínimas sequenciais — afirmou Jefferson Luiz Rugik, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.

No câmbio, o comportamento do mercado doméstico acompanha o movimento externo. O índice “dollar inex”, que mede a força do dólar contra uma cesta de dez moedas, recua 1,55%.

A criação de vagas fora do setor agrícola dos EUA ficou em apenas 38 mil no mês passado, abaixo mesmo das previsões mais pessimistas e o menor ganho desde setembro de 2010, informou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira. O governo informou que a greve de um mês na operadora de telefonia Verizon deprimiu o crescimento de vagas em 34 mil. A geração de postos de trabalho em maio ficou bem abaixo das 123 mil novas vagas abertas em abril.

Entre as ações brasileiras, a Petrobras ON sobe 0,65% (R$ 10,77), enquanto o papel PN avançava 1,54% (R$ 8,53). Essa valorização ocorre mesmo com a queda do preço do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent recua quase 1%, a US$ 49,55.

A Vale registra forte alta, depois de o minério de ferro registrar a primeira valorização em cinco dias na China (alta de 3,94%, a US$ 50,08 a tonelada). A Vale ON sobe 4,68% (R$ 15,65), enquanto a PNA sobe 4,09% (R$ 12,20).

No setor bancário, o Banco do Brasil ON avança 1,12% (R$ 17,09), enquanto o Itaú Unibanco PN sobe 1,12% (R$ 17,09). Já as do Bradesco estão praticamente estáveis, com pequena variação negativa de 0,08%, a R$ 23,93. Um escritório de advocacia americano anunciou que estudar entrar com uma ação contra o banco devido ao possível envolvimento no caso Zelotes.

Em Wall Street, o índice Dow Jones cai 0,46%, enquanto o S&P 500 recua 0,64%. Na Europa, a Bolsa de Londres opera com leve alta de 0,29%, mas o CAC 40, da Bolsa de Paris, cai 1,09%, e o DAX, de Frankfurt, tem desvalorização de 1,07%.


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