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Bolsa sobe 2%, e dólar avança a R$ 3,53 antes de decisão do Fed

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RIO – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra nesta quarta-feira seu segundo pregão seguido de alta, com o índice de referência Ibovespa avançando 2,09%, aos 54.190 pontos. Na terça-feira, a Bolsa disparou 2,35% acompanhando a alta das commodities e repercutindo a declaração do vice-presidente Michel Temer, que admitira, em entrevista ao GLOBO, sua preferência pelo ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles como titular no Ministério da Fazenda.

No câmbio, o dólar comercial, que operou praticamente estável durante o dia, agora registra valorização de 0,48%, cotado a R$ 3,536 para venda. Na véspera, o BC não comprou dólares no mercado futuro, abrindo espaço para que a divisa americana recuasse 0,81%, a R$ 3,520 na venda. Nesta quarta-feira, pelo terceiro dia, a autoridade monetária não anunciou leilões de “swap cambial reverso”.

Hoje, os investidores operam cautelosos, aguardando a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre os juros do país, à tarde. Os economistas preveem manutenção da taxa. À noite, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá sobre os juros brasileiros. Os analistas também esperam que a taxa será mantida nos atuais 14,25% ao ano.

— A Bolsa sobe com os investidores reagindo ao cenário político, particularmente ao rescaldo dos nomes que apareceram ontem como possíveis integrantes de eventual governo Temer, e também à alta do petróleo — disse Luiz Roberto Monteiro, operador da corretora Renascença. — No câmbio, percebe-se que, enquanto a moeda não chegar aos R$ 3,50, ela estará confortável para o BC e ele não irá atuar.

Impulsionam a Bolsa as ações do bancos, com o Banco do Brasil ON subindo 3,03% (R$ 22,41), enquanto o Bradesco PN avança 3,32% (R$ 26,72), e o Itaú Unibanco PN, 2,89% (R$ 33,43).

A unit do Santander sobe 2,75% (R$ 17,88). Hoje, o banco informou ter obtido lucro líquido de R$ 1,66 bilhão nos três primeiros meses do ano, crescimento de 1,7% na comparação com igual período de 2015. O aumento dos ganhos com as receitas de tarifas e uma redução dos gastos com provisões de crédito contribuíram para esse resultado.

A Petrobras também registra valorização, com o papel ON subindo 3,12% (R$ 13,18) e o PN, 2,68% (R$ 9,93). Os papéis são favorecidos pela alta do petróleo, que avança depois de o American Petroleum Institute informar que a oferta do produto no mercado americano caiu 1,07 milhão de barris na semana passada. O barril do tipo Brent sobe 2,14%, aos US$ 46,70, enquanto o WTI valoriza-se 1,95%, a US$ 44,90; o produto chegou a ultrapassar os US$ 45 pela manhã pela primeira vez desde novembro.

A Vale ON cai 1,17% (R$ 18,47), enquanto a PN recua 1,62% (R$ 14,57). A companhia vem sendo afetada pelas oscilações do preço do minério de ferro. O produto registrou hoje sua 4ª queda seguida, após bolsa de commodities na China intensificar ação contra movimentos especulativos que levaram os preços a se deslocarem dos fundamentos, segundo a agência Bloomberg.

O preço da tonelada do minério caiu 2,7%, para US$ 61,09, após desvalorização de 11% nas 3 sessões anteriores, de acordo com a Metal Bulletin. No ano, porém, ainda acumula alta de 40%, puxado pelos estímulos econômicos na China.

APPLE DESPENCA E COLOCA BOLSAS NO VERMELHO

Em Wall Street, os índices acionário registram leve queda sob impacto do tombo de 7% dos papéis da Apple. A empresa de Cupertino registrou, entre janeiro e março, sua primeira queda de receitas em 13 anos. Os ganhos da companhia recuaram 13%, para US$ 50,6 bilhões, contra US$ 58 bilhões no trimestre anterior, afetados pela queda de 16% nas vendas do iPhone. O índice Dow Jones cai 0,34%, enquanto o S&P 500 recua 0,25%. A Nasdaq tem baixa de 1,22%.


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