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Unicef: Refugiada síria de 3 anos trabalha

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RIO — Um terço das crianças sírias nasceram em meio à guerra, de acordo com novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Juliette Douma, que responde pelo órgão em Amã, alerta para uma geração perdida se a situação não mudar no país e apela para ajuda imediata.

Quais são os impactos na vida dessas crianças que nasceram em meio à guerra?

Cerca de 3,7 milhões de crianças sírias, isto é, um terço dos menores, nasceram conhecendo apenas a guerra. Elas vivem em condições de pobreza, violência, devastação e deslocamento. Com o relatório, queremos chamar atenção para a necessidade de ajuda humanitária e de mais esforços para que o conflito tenha fim.

Podemos falar de uma geração perdida?

Ainda não estamos chamando dessa forma. Mas, se não oferecermos ajuda e educação a essas crianças, pode se tornar uma geração perdida. Temos que investir nelas agora para que possam reconstruir o país quando a paz retornar. Muitas escolas foram bombardeadas e não estão mais funcionando. Por outro lado, há famílias que deixam de mandar seus filhos para a escola porque precisam de seu trabalho.

Qual é a situação dos campos de refugiados?

Em torno de 800 mil crianças sírias vivem como refugiadas e 300 mil nasceram em campos. A maioria vive do lado de fora, em comunidades locais ou abrigadas por moradores. Um dos grandes problemas é o trabalho infantil. Há cada vez mais e mais crianças trabalhando em diferentes atividades como garçonete, em cafés, hospitais. A mais nova trabalhando tem 3 anos.

O que explica o aumento do número de crianças participando dos combates?

Muitas são forçadas a lutar em diferentes partes do conflito. E elas estão assumindo posições cada mais ativas na linha de frente.


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