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UE tenta fechar rota dos Bálcãs em cúpula de emergência com a Turquia

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BRUXELAS — Reunidos em Bruxelas para uma cúpula de emergências com o objetivo de discutir a crise migratória na Europa, líderes turcos e europeus planejam declarar o fechamento da rota pelos Bálcãs e pressionar a Turquia a receber de volta os migrantes econômicos em troca de € 3 bilhões (R$12,3 bilhões). Antes do início da reunião, as autoridades europeias expressaram um misto de otimismo e preocupação.

— Espero que possamos dar um passo a frente para alcançar essas metas hoje, mas isso requer negociações difíceis e pode levar algum tempo até obter um resultado — disse a chanceler alemã, Angela Merkel.

Enquanto isso, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, ressaltou que o país está pronto para cooperar com a UE e, inclusive, ser aceito no bloco. Mas uma maior aproximação com a Turquia é vista com ressalvas, já que o bloco tem se posicionado de forma muito crítica à política repressiva do presidente conservador Recep Tayyip Erdogan.

No fim de novembro, a comunidade europeia assinou com o governo de Ancara um plano de ação para deter os milhares de migrantes que saem da costa turca em direção às ilhas gregas. Mesmo assim, milhares de pessoas continuam realizando a perigosa travessias, que já deixaram este ano centenas de mortos. No domingo, ao menos 25 pessoas morreram, entre elas dez crianças, em um naufrágio no Mar Egeu na tentativa de chegar à Grécia.

Os que conseguem chegar ao continente ainda enfrentam muitas dificuldades antes de chegar ao seus destinos, principalmente a Alemanha. Com barreiras impostas em muitos dos países europeus, atualmente há mais de 30 mil imigrantes retidos em território grego. Mais de 13 mil deles estão na fronteira com a Macedônia, aguardando passagem.


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