Treta de bilionários: Elon Musk briga com príncipe saudita para ver quem fica com o Twitter
Mundo – O bilionário Elon Musk respondeu ao príncipe saudita Al Waleed bin Talal, depois que ele se recusou a vender sua participação no Twitter nos termos propostos pelo sul-africano. O CEO da Tesla fez uma oferta para comprar o país por US$ 41 bilhões, e o empresário saudita foi o primeiro grande proprietário de ações a dizer não.
Respondendo à rejeição pública de Al Waleed à oferta, Musk twittou duas perguntas: “Quanto do Twitter o Reino possui, direta e indiretamente?” e “Quais são as opiniões do Reino sobre a liberdade de expressão jornalística?”
O empresário saudita, um dos homens mais ricos do mundo árabe, investiu US$ 300 milhões no Twitter em 2011. Em 2015, após a abertura de capital da empresa, ele informou possuir cerca de 5% diretamente e por meio de sua empresa, a Kingdom Holding Company. Atualmente, estima-se que ele possua 4,4% das ações do Twitter.
Musk se tornou um dos maiores acionistas do Twitter depois de comprar uma participação de 9,1%, fato que ele divulgou no início deste mês. Ele rejeitou um assento no conselho da empresa e, em vez disso, optou por uma aquisição hostil.
Ele se ofereceu para comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação, bem acima do preço de mercado atual de cerca de US$ 45. Al Waleed disse na quinta-feira que a oferta não reflete o “valor intrínseco” da plataforma se o potencial de crescimento for considerado.
Atualmente, o Vanguard Group detém a maior participação no serviço de microblog, de acordo com o último arquivamento da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Possui 10,3% da empresa.
Musk é um usuário de longa data do Twitter e comentou repetidamente sobre as regras cada vez mais restritivas da empresa sobre quais tipos de discurso são permitidos na plataforma.
Muitos fãs de Musk esperavam que, com ele no comando, o Twitter pudesse reverter muitas de suas restrições e voltar a ser uma plataforma de liberdade de expressão. Muitos críticos do movimento de Musk, no entanto, dizem que a plataforma precisa fazer mais para censurar o que eles consideram ‘desinformação’, temendo que Musk possa prejudicar esse objetivo.