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Sindicatos se unem em massa e desafiam Macri

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BUENOS AIRES — Milhares de pessoas se mobilizam nesta sexta-feira respondendo a uma convocação das cinco centrais sindicais da Argentina. Separados durante os 12 anos de governos kircheristas, os sindicatos se uniram novamente apenas quatro meses após a posse do presidente Mauricio Macri, em protesto contra os ajustes e as demissões num cenário de alta inflação.

Com uma expectativa de mais de cem mil pessoas na manifestação, o centro de Buenos Aires foi praticamente bloqueado. Estarão presentes quatro dos cinco líderes sindicais históricos do país. A mobilização em frente ao Monumento do Trabalho, no bairro de San Telmo, fecha uma semana em que o presidente sofreu sua primeira derrota no Parlamento.

O Senado aprovou na quarta-feira uma lei antidemissões que Macri prometeu vetar caso seja votada na Câmara. Os manifestantes querem pôr fim às demissões através da lei de emergência ocupacional, ao “tarifaço” de 300% nos serviços básicos e à inflação que gira em torno de 40% ao ano.

— Esperamos que Macri tenha a mesma celeridade que ele teve com o campo — disse ironicamente o líder de caminhoneiros Pablo Moyano, referindo-se à eliminação de impostos à exportação para a maioria dos produtores agrícolas anunciada por Macri quatro dias após sua posse, em dezembro passado.

Hugo Yasky, secretário-geral da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), considerou um “dia histórico, porque o movimento sindical organizado em seu conjunto se mobiliza”.


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