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Rússia ameça contra-atacar mísseis dos EUA na Síria

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Mundo – Nesta quarta-feira, 11, a Rússia alertou que vai derrubar qualquer míssil dos Estados Unidos lançado contra a Síria devido a um suposto ataque químico no sábado, na cidade Douma, subúrbio de Damasco, onde o regime do presidente Bashar al-Assad vinha implementando uma ofensiva para reconquistar o território.

Após a advertência da Rússia, o presidente Donald Trump disse no Twitter para os russos se prepararem para ataques. Na segunda-feira, ele havia culpado o governo sírio pelo uso de armas químicas e prometido uma reação em até 48 horas. O prazo terminou nessa quarta-feira, até agora, o conflito vem sendo travado nas redes sociais: Trump faz ameaças no Twitter, e a porta-voz do Ministério do Exterior russo, Maria Zakharova, responde no Facebook.

“A Rússia promete derrubar qualquer míssil lançado contra a Síria. Prepare-se, Rússia, pois eles estão chegando, bons e novos e ‘inteligentes’. Você não deveria ser parceira de um Animal Assassino com Gás (tóxico) que mata seu povo e gosta!”, ameaçou Trump, em referência ao presidente sírio, Bashar al-Assad, acusado de ser o responsável pelo suposto ataque em Douma. “Nossa relação com a Rússia está pior do que nunca, e isso inclui a Guerra Fria. Não há razão para isso. A Rússia precisa de nossa ajuda com sua economia, algo que seria muito fácil de fazer, e precisamos que todas as nações trabalhem juntas. Parar a corrida armamentista?”, questionou o republicano.

Segundo o embaixador russo no Líbano, Alexander Zasypkin, os locais de lançamento dos projéteis americanos também serão atacados, levantando a possibilidade de um confronto entre Moscou e os Washington. Emitindo o alerta na noite de terça-feira, Zasypkin também disse que tal confronto deveria ser evitado e que Moscou está pronto para negociações. Entretanto, seus comentários podem elevar temores do primeiro conflito direto entre duas grandes potências que apoiam lados opostos na prolongada guerra civil da Síria.

— Se houver um ataque pelos americanos, então (…) os mísseis serão derrubados e até mesmo as fontes de onde saíram os mísseis — disse ele à emissora do Hezbollah, al-Manar TV.

Com a possibilidade de ataques, forças pró-governo na Síria começaram a esvaziar os principais aeroportos e bases militares, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), organização sem fins lucrativos com sede em Londres que monitora o conflito no país. Alem disso, uma autoridade do Exército sírio indicou à Reuters que equipamentos aéreos foram reposicionados.

OPAQ investigará o ataque químico

O governo sírio, em um movimento inédito, convidou na terça-feira a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), ligada à ONU, a visitar o reduto rebelde para investigar o suposto ataque químico. A organização anunciou na terça-feira que enviaria uma equipe à região, pedindo que o governo sírio tomasse as providências necessárias para viabilizar a viagem.

No sábado, o grupo de defesa civil Capacetes Brancos, organização de defesa civil que atua em zonas sob controle de grupos da oposição, divulgou vídeos do suposto ataque em Douma, no qual aparecem vítimas, muitas delas crianças — algumas sendo atendidas com máscaras de oxigênio, outras mortas, empilhadas. Nenhum órgão, porém, conseguiu confirmar de forma independente a origem do ataque e nem quantos morreram.

Fonte: O Globo


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