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Presidente do Cazaquistão autoriza polícia a eliminar manifestantes do aumento de preços de combustíveis; veja vídeos

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Presidente do Cazaquistão autoriza polícia a eliminar manifestantes do aumento de preços de combustíveis; veja vídeos

Mundo – Nesta sexta-feira (7/1), o presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev, anunciou que autorizou as forças da segurança a abrirem fogo “sem aviso prévio” para pôr fim aos protestos que atingem todo o país.

“Dei a ordem de atirar para matar sem aviso prévio”, declarou Tokayev em discurso transmitido pela televisão, acrescentando que “os terroristas continuam danificando propriedades e usando armas contra os cidadãos”.

O presidente cazaque rejeitou qualquer negociação e prometeu “eliminar” os “bandidos” que provocaram os distúrbios, que segundo ele, são cerca de “20 mil” com um “plano claro”.

Tokayev afirmou também que “as forças da ordem estão trabalhando duro” e “a ordem constitucional foi amplamente restabelecida em todas as regiões”, mas acrescentou que as operações de segurança vão continuar “até a destruição total dos militantes”.

Dezenas de manifestantes e 18 membros das forças de segurança já morreram em confrontos no Cazaquistão, país que vive uma onda de manifestações que culminou na dissolução do governo.

Segundo a TV estatal, dois policiais foram encontrados decapitados.

Cerca de 2,3 mil pessoas já foram detidas e 748 policiais ficaram feridos nos maiores protestos desde a independência do país em 1991, em meio ao colapso da União Soviética.

Preço dos combustíveis

Os protestos explodiram no domingo (2/1), após o governo dobrar o preço do gás GLP e de outros combustíveis no primeiro dia do ano, e se espalharam pelo país.

O preço por litro de GNL subiu para 120 tenge (28 centavos dos EUA) nos postos de gasolina em Mangystau no início deste ano, em comparação com 50-60 tenge (12-14 centavos) em 2021.

De acordo com o Ministério de Energia do Cazaquistão, desde 1º de janeiro, os preços são formados na bolsa de valores eletrônicos com base na oferta e na demanda.

As estradas que levam à cidade de Zhanaozen foram fechadas pelas autoridades. Em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão, a Praça da República foi fechada ao público e o acesso à Internet móvel foi limitado.

Apoio russo

Kassym-Jomart Tokayev fala de estabilização numa grande parte do país, após a severa repressão das manifestações de rua com dezenas de mortos. Os paraquedistas russos também chegaram para apoiar as forças governamentais.

“As forças da ordem estão trabalhando arduamente e as operações de segurança continuarão até os militantes serem completamente destruídos”: foram as duras palavras usadas pelo presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, numa nota anunciando o restabelecimento da ordem.

Desmanteladas as manifestações nas grandes cidades

As forças de segurança evacuaram a praça principal em Almaty, a capital financeira do país, expulsando os manifestantes. A partir desta quinta-feira, presente no país um contingente de 2.500 soldados liderados pela Rússia, enquanto ainda se registaram confrontos em todas as principais cidades do Cazaquistão. O apoio de Moscou preocupa Washington, e a administração estadunidense adverte que irá vigiar para que os direitos humanos sejam respeitados.

Dezenas de vítimas entre manifestantes e agentes

O bloqueio da Internet e dos telefones celulares não permite ter uma imagem precisa da situação na ex-República Soviética, embora as cenas de destruição já tenham se espalhado pelo mundo. Os aeroportos de Almaty, Aktay e Aktobe permanecem fechados. Segundo as autoridades, os protestos por causa do aumento dos preços do gás deixaram dezenas de mortos, incluindo 18 agentes da polícia e 28 manifestantes, pelo menos mil feridos e cerca de 2.000 detidos. Tokayev voltará a dirigir-se à nação nesta sexta-feira, a terceira mensagem do presidente desde que iniciou a agitação.

 

 

Com auxílio de informações via Vatican News | South Front


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