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‘Os Simpsons’ faz piada com briga entre pré-candidatos à Casa Branca

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NOVA YORK — Não raro a disputa pela indicação para as eleições presidenciais de novembro motiva críticas e ataques pessoais entre os aspirantes à Casa Branca. Mas o desenho “Os Simpsons” resolveu levar a competição para outro estágio. No mais recente vídeo do desenho, os pré-candidatos deixaram o decoro político de lado e acertaram as contas em tapas e pontapés. Tudo começa quando Marge Simpson acorda aflita com a corrida presidencial – saudosa, segundo ela, de quando as boas maneiras faziam parte da política americana.

— É como quando você tem um pesadelo, com a diferença de que isso é real e vai provavelmente arruinar a sua vida — Homer tenta acalmar sua mulher com a já conhecida peculiar sensibilidade do personagem.

Ele então sugere que Marge imagine um mundo em que “democratas, republicanos e Donald Trump” se dessem bem. Ela volta a dormir e, em um primeiro momento, consegue imaginar os pré-candidatos se elogiando e cantando juntos “How sweet it is to be loved by you” (Como é doce ser amado por você, na tradução para o português da composição de James Taylor).

No cenário — uma mistura entre um programa de televisão de entretenimento com um palco de um dos acirrados debates presidenciais — Donald Trump arrisca uns passos de dança de rua: roda de ponta cabeça com a ajuda do tão comentado topete. Mas o ambiente amistoso muda quando Ted Cruz derruba Hillary Clinton de seus ombros.

— Eu estava perfeito, mas o resto de vocês, idiotas, falharam — reclama Trump.

— Falharam ou faliram, como os seus cassinos? — provoca Ted Cruz, em referência às supostas declarações de falência do bilionário.

Trump parte para cima de Cruz e levanta a blusa do conservador cristão para revelar o símbolo do Canadá – terra natal do senador do Texas. O magntata em seguida contesta a cidadania e a elegibilidade do adversário para o cargo de presidente. Enquanto isso, John Kasich – que porta no desenho uma faixa que diz “Eu sou o bom moço” – também agride o membro do Tea Party, ala conservadora do partido Republicano.

Ao mesmo tempo, é revelado que Marco Rubio é, na verdade, um robô. Ele repetia indefinidamente o mesmo texto, até que Trump retirou de suas costas o CD gravado – uma menção do cartoon ao fato de Rubio ter repetido quatro vezes a mesma frase no debate do começo do mês.

Jeb Bush, por fim, oferece mostrar para Trump algo que sua mãe o havia ensinado: um chute nas partes íntimas. O ex-governador da Flórida (que desistiu da disputa após o resultado decepcionante na recente primária da Carolina do Sul) foi criticado pelo empresário por pedir a ajuda da mãe, Barbara Bush, para tentar catapultar sua campanha com o prestígio da ex-primeira-dama.

Engana-se quem pensa que “Os Simpsons” poupariam os pré-candidatos democratas. Furiosa, Hillary Clinton estrangula Bernie Sanders com um colar de pérolas, enquanto afirma, em tom sarcástico, que o Goldman-Sachs o mandava um “oi”. O autoproclamado socialista critica a ex-secretária de Estado por aceitar doações de grandes corporações, o que, segundo ele, afetaria a independência das políticas públicas caso Hillary fosse eleita.

— Hillary, se eu for eleito, você me dirá o que fazer? — afirmava Sanders, asfixiado.

Enquanto isso, Marge aguardava, estranhamente contente, quem ganharia a disputa nas vias de fato.


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