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Onze pessoas são decapitadas em ataque do Estado Islâmico na Líbia

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Ao menos nove soldados e dois civis foram decapitados em um ataque contra uma posição do Exército Nacional Líbio (ENL) do marechal rebelde Khalifa Hafter, 500 km ao sul de Trípoli, indicou um porta-voz do grupo, coronel Ahmed al Mesmari, que atribuiu a ação ao Estado Islâmico. O grupo extremista segue em atividade na Líbia, sobretudo no Sul e no Leste do país, apesar da perda de seu bastião no Norte, Sirte, em dezembro de 2016.

O ataque, que não foi reivindicado até o momento, ocorreu na madrugada desta quarta-feira em um posto de controle das forças leais a Haftar na região de Jufra. O ENL conquistou no inicio esta zona, tomando uma base aérea das Brigadas de Defesa de Bengasi, uma coalizão de combatentes opostos a Haftar, integrada por muçulmanos expulsos da cidade oriental de Bengasi.

Desde a queda do regime de Muamar Gadafi em 2011, a Líbia é cenário de conflitos entre milicianos e duas autoridades que disputam o poder: o Governo de União Nacional (GNA, na sigla original), reconhecido pela comunidade internacional e com sede em Trípoli, e um governo que exerce seu poder no Leste com o apoio do Marechal Haftar. Haftar é crítico ao GNA, nascido após um acordo assinado em 2015 no Marrocos sob a égide da ONU.

Um recente encontro em Abu Dhabi entre o chefe do GNA, Fayez Al Sarraj, e o marechal permitiu uma tímida aproximação entre os líderes, que concordaram em deter a escalada militar no Sul da Líbia. As forças leais ao GNA se concentram atualmente na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI), implantado no país desde 2015.

Paralelamente, a ONU supervisiona um complexo processo político com o objetivo de juntar os distintos atores em um governo de união reconhecido por todos. Mas esse processo se choca com a oposição das autoridades rivais do Leste. Um dos maiores desacordos é o papel que o general Khalifa Haftar, chefe do Exército do governo do Leste, deverá desempenhar neste novo cenário. O oficial septuagenário teve grande relevância após a revolta contra Kadhafi. Suas forças tentam desde 2014 recuperar o controle de Bengasi, segunda maior cidade do país e reduto de grupos extremistas radicais.


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