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Obama dá entrevista surpresa a jornalistas universitários

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WASHINGTON — Para a maioria dos jornalistas que cobrem regularmente os eventos da Casa Branca, a chance de fazer uma pergunta a Barack Obama, é um acontecimento raro. Mas não foi isso que aconteceu com um grupo de jornalistas universitários que tiveram uma entrevista coletiva surpresa com o presidente americano na quinta-feira. E, além de responder às perguntas dos jovens, Obama ainda deu conselhos importantes para a carreira de um jornalista.

— Eu ouvi dizer que havia uns jornalistas de ponta aqui — disse Obama aos estudantes ao entrar de surpresa na sala de imprensa onde o porta-voz do governo, John Earnest, conversava com os jovens. — Josh estava falando por mim e eu queria garantir que ele estava fazendo isso direito.

Por mais 40 minutos, o presidente respondeu a diversas perguntas feitas pelos estudantes. Obama não evitou os temas mais sensíveis do seu governo: a imigração, os refugiados sírios, a crise hídrica no estado do Michigan e as maiores conquistas dos seus dois mandatos.

No meio das respostas, o presidente ainda deu alguns conselhos aos jovens com certo tom paternal:

— Nunca admita que você está nervoso. Só finja que isso é rotina para você — disse Obama a um jovem repórter que deixou transparecer seu nervosismo.

Mas os estudantes não deixaram que a surpresa ou o nervosismo impedissem suas perguntas mais arriscadas. Obama teve que escapar da pergunta de um estudante sobre a confirmação do seu indicado à Suprema Corte dos EUA, Merrick Garland.

Em seguida, outro jovem repórter questionou a meta do governo de receber 10 mil refugiados sírios até o fim deste ano. Apesar das críticas e dos atrasos envolvendo a iniciativa, Obama disse na quinta-feira que o país deverá ser capaz de cumprir este objetivo.

— Nós vamos continuar trabalhando nisso — respondeu o presidente.

Mas a pergunta que mais animou Obama foi como restaurar a fé dos americanos na democracia. Após um longo discurso sobre o que está errado na política americana, o presidente citou o baixo índice de americanos que comparecem às urnas nas eleições americanas — sobretudo entre as camadas mais jovens.

— Você não pode simplesmente reclamar. Você tem que votar. Não deixa as pessoas dizerem que o que você faz não importa. Não abra mão do seu poder — disse o presidente. — Você me fez começar. Eu fiz um discurso retórico, não fiz?


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