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Obama acerta com Putin nova data para iniciar trégua na Síria

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DAMASCO — O presidente americano, Barack Obama, ligou para Vladimir Putin para discutir o cessar-fogo na Síria, informou a Casa Branca nesta segunda-feira. O porta-voz do governo americano, John Earnest, afirmou que o acordo com o presidente russo representa uma oportunidade de trégua, mas ponderou que será difícil implementar o acordo. Mais cedo, Washington e Moscou confirmaram um acordo de cessar-fogo na Síria com início marcado para o próximo sábado, dia 27, sem a participação do grupo extremista Estado Islâmico e da Frente al-Nusra, um braço da al-Qaeda.

A medida ainda precisa do aval dos envolvidas no conflito, que têm até a sexta-feira, 26, para expor sua posição. No domingo passado, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que havia chegado a um acordo provisório sobre os termos da trégua com ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Caberia à Rússia convencer o ditador sírio, Bashar al-Assad, a respeitar a trégua, enquanto os EUA entrariam em contato com rebeldes moderados.

Na segunda-feira passada, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que esta semana seria crucial para os esforços para o fim do conflito, que se arrasta há cinco anos. No entanto, analistas estão descrentes quanto à possibilidade de uma trégua efetiva, considerando a escalada recente dos conflitos entre o governo sírio e os rebeldes e o fracasso da última tentativa. Em 12 de fevereiro, outro acordo de cessar-fogo estava em pauta para ser efetivado em sete dias, mas o prazo se esgotou na última sexta-feira sem avanços.

NO DOMINGO, 155 MORTOS EM ATENTADOS

Assad, por sua vez, disse no sábado que estaria pronto para um cessar-fogo, contanto que “terroristas não tirassem vantagem da pausa nos confrontos”. As forças do governo têm avançado sobre redutos e áreas de abastecimento de rebeldes sírios, nos arredores de Aleppo, com ajuda de ataques aéreos russos.

Mais de 250 mil sírios foram mortos desde o começo da guerra civil — 155, entre eles 99 civis, apenas no domingo, quando seis explosões organizadas pelo Estado Islâmico atingiram o centro de Homs e o sul de Damasco. Outros 11 milhões tiveram que deixar suas casas, quatro milhões destes deixaram o país.

Segundo a rede britânica BBC, na última segunda-feira, o coronel Steve Warren, um porta-voz da coalização internacional liderada pelos Estados Unidos na Síria contra o grupo extremista, disse que o Estado Islâmico estaria “começando a perder”. Antes, o número de combatentes terroristas estaria entre 19 mil e 31 mil, enquanto agora se situaria entre 20 mil e 25 mil. Segundo o coronel, os terroristas não estariam conseguindo repor combatentes na mesma escala das baixas que sofrem nos confrontos.


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