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Novo governo de Mianmar liberta dezenas de presos políticos

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YANGON — O recém-eleito governo de Mianmar libertou nesta sexta-feira dezenas de estudantes e ativistas que estavam presos há um ano por crimes políticos. Esta foi a primeira ação da nova liderança após a nomeação da líder histórica Aung San Suu Kyi como conselheira de Estado, um poderoso cargo de funções legislativa e executiva. O presidente birmanês, Htin Kyaw, deverá perdoar mais de 100 outros presos políticos.

No total, 69 ativistas detidos tiveram as acusações que pesavam contra eles retiradas. Eles deixaram uma prisão na cidade de Tharrawaddy, ao norte de Yangon, segundo o porta-voz do escritório de Suu Kyi. Após sua libertação, estudantes e parentes celebraram o fim do cárcere com abraços e acenos com bandeiras da Liga Nacional pela Democracia (LND) — partido chefiado por Suu Kyi.

Muitos apoiadores e correligionários da sigla da líder histórica foram presos pela junta militar que governou o país durante cinco décadas. Após ter passado anos em prisão domiciliar, Suu Kyi estabeleceu que soltar os prisioneiros políticos remanescentes é uma das prioridades do atual governo.

A representante política foi detida ao ser vitoriosa em eleições de 1990 e se tornou Nobel da Paz em 1991. Hoje, ela acumula os cargos de conselheira de Estado, ministra das Relações Exteriores e ministra do Gabinete da Presidência no primeiro governo eleito pelo voto popular após anos de regime militar.

Suu Kyi chegou a tentar concorrer à presidência de Mianmar, mas foi impedida pela legislação birmanesa. A Constituição local prevê que o presidente não pode ter filhos estrangeiros — o que é o seu caso, já que a líder política tem filhos de nacionalidade britânica. Por isso, ela mantém sua influência com altos cargos no governo do seu antigo aliado Htin Kyaw, que hoje ocupa a presidência do país.


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