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Macedônia fecha fronteira após Eslovênia, Sérvia e Croácia proibirem passagem

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SKOPJE, Macedônia — No mesmo dia em que Eslovênia, Sérvia e Croácia começaram a proibir o trânsito de refugiados através de seus territórios, a Macedônia anunciou nesta quarta-feira que fechou completamente sua fronteira para os imigrantes. As barreiras, que levam ao fechamento efetivo da rota dos Bálcãs, agrava ainda mais a crise migratória no continente europeu e deixam dezenas de milhares de pessoas retidas no território grego.

— Nós fechamos totalmente a fronteira — disse um policial à Reuters sem se identificar.

Segundo o governo macedônio, nenhum imigrante entrou no país a partir da Grécia na terça-feira.

— A Macedônia vai agir de acordo com as decisões tomadas por outros países na rota dos Balcãs — disse um porta-voz do Ministério do Interior, referindo-se ao principal caminho dos refugiados que chegaram à Europa no último ano.

A medida ocorre um pouco depois de a Eslovênia começar a aplicar restrições na fronteiras, suspendendo os transportes organizados para refugiados através de seu território. A partir desta quarta-feira, só poderão entrar no país estrangeiros com visto ou quem tiver a intenção de solicitar abrigo.

As autoridades sérvias reagiram à medida, anunciando o fechamento da fronteira com a Macedônia e a Bulgária para os migrantes sem documentos válidos. Com isso, o futuro do acordo Schengen fica ainda mais comprometido. Até agora, oito membros da zona de livre circulação já implementaram barreiras em suas fronteiras, aumentando o gargalo na Grécia, onde 36 mil pessoas estão bloqueadas, muitas delas no posto fronteiriço de Idomeni.

O maior controle nos trajeto tradicional dos refugiados também fez com que a Croácia e Eslovênia instalasse restrições para os imigrantes, por temer se tornarem um novo ponto de entrada para a Europa. As preocupações elevaram depois que cerca de 6 mil solicitantes de asilo cruzaram, no ano passado, a Finlândia e a Noruega desde a Rússia. Outra rota passando por Moldávia, Ucrânia e chegando aos países bálticos poderia se tornar mais popular, segundo autoridades.

ACORDO NÃO IMPEDE TRAVESSIAS PERIGOSAS

Apesar do polêmico acordo entre Turquia e UE para deter o fluxo de imigrantes, as autoridades turcas interceptaram nesta quarta-feira dezenas de imigrantes majoritariamente sírios ao longo da costa do mar Egeu que continuam a se arriscar em travessias marítimas perigosas rumo à Grécia. Um grupo de 42 pessoas, sendo mais de uma dúzia de crianças, se abrigava em um complexo da Guarda Costeira na estância balneária de Didim depois de serem detidas. Dezenas mais esperavam na praia, vigiadas por policiais armados, enquanto um ônibus chegava para levá-las embora.

— Estamos com medo de ficar aqui e com medo de ficar na Síria… estamos fugindo para o país que nos receber. Queremos segurança, alguém que cuide de nós — disse Sameeha Abdullah, uma das pessoas do grupo próximas à praia e que escapou da guerra civil síria.

No mar, a pouca distância da praia, um barco da guarda costeira abordou o que parecia ser uma pequena embarcação levando mais imigrantes.


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