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Lojas nos EUA começam a rejeitar uso do dinheiro físico para pagamentos e idoso protesta; veja vídeo

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Lojas nos EUA começam a rejeitar uso do dinheiro físico para pagamentos e idoso protesta; veja vídeo

Mundo – Um movimento crescente vem tomando conta das lojas nos Estados Unidos e em algumas regiões da Europa: a abolição do uso de dinheiro físico. Essa mudança tem causado indignação entre alguns clientes que valorizam a autonomia e o anonimato proporcionados pelo uso do dinheiro em espécie.

Recentemente, uma loja nos EUA chamou atenção ao deixar um aviso em sua porta de entrada informando aos consumidores que se tornaria “sem dinheiro” a partir do dia 07 de setembro de 2023. Essa prática tem sido cada vez mais comum, com estabelecimentos optando por aceitar apenas pagamentos por cartão de crédito, débito ou por meio de dispositivos móveis.

Um incidente que ilustra a insatisfação de alguns clientes ocorreu quando um idoso protestou contra uma loja que se recusou a aceitar pagamento em moedas para a compra de um produto. O homem jogou as moedas no balcão do caixa e saiu com o produto em mãos, expressando palavras de liberdade.

O desaparecimento do dinheiro em espécie levanta questões importantes sobre a privacidade e a independência dos indivíduos. Com o uso de cartões e dispositivos móveis para realizar transações, há um rastro eletrônico de todas as compras e movimentações financeiras, sujeitando as pessoas ao monitoramento de terceiros.

A falta de dinheiro em espécie também pode excluir pessoas de camadas mais pobres da sociedade, que muitas vezes não possuem cartões de crédito, contas bancárias ou smartphones para realizar compras digitais. Além disso, o dinheiro em espécie proporciona anonimato e é uma forma de pagamento acessível a todos.

Botecos de bairro, por exemplo, são lugares onde as pessoas podem se sentir verdadeiramente anônimas e desfrutar de um ambiente descontraído, sem o controle digital das transações financeiras. A preservação do dinheiro físico também é uma forma de manter uma conexão com a cultura e a história do país, com as notas de dólar refletindo dialetos regionais e tradições culturais.

A possibilidade de implementação de uma moeda digital central (CBDC) pelo governo dos EUA também preocupa. Enquanto algumas pessoas acreditam que as criptomoedas podem ser uma alternativa descentralizada ao CBDC, outros temem que essa mudança possa levar a um controle ainda maior do governo sobre as transações financeiras dos cidadãos.

O lado religioso do fim do dinheiro físico

O aspecto religioso associado ao fim do dinheiro físico tem sido motivo de discussão e interpretações diversas em várias crenças e doutrinas religiosas. Muitos grupos e indivíduos veem essa transição como algo relacionado à escatologia, que é o estudo das últimas coisas, incluindo eventos apocalípticos e o destino final da humanidade.

Uma das crenças relacionadas é a ideia da “marca da besta”, mencionada no livro bíblico do Apocalipse (Apocalipse 13:16-17). De acordo com essa passagem, durante um período de tribulação, uma entidade maligna, frequentemente identificada como o anticristo, surgiria e exigiria que todas as pessoas recebessem uma marca em suas mãos ou testas para que pudessem comprar e vender. Aqueles que se recusassem a receber essa marca seriam excluídos das atividades econômicas básicas.

Algumas interpretações associam essa marca a um sistema de controle financeiro global, onde as transações seriam realizadas exclusivamente por meios digitais, incluíndo o uso de micro e nanochips integrados ao corpo humano, tecnologia que já está se propagando pela camada bilionária e milionária da sociedade. Essa perspectiva tem sido usada para argumentar que a transição para uma sociedade sem dinheiro físico pode estar conectada ao cumprimento dessa profecia bíblica.


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