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Itália tenta resgatar barco que afundou com centenas no Mediterrâneo em 2015

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ROMA – Com a retomada em massa da rota via Mediterrâneo por parte de migrantes em busca de vida nova na Europa, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou ao menos 113 mortos durantes tentativas de travessia a partir da Líbia neste fim de semana. O número expressivo foi anunciado ao mesmo tempo em que a Marinha italiana trabalha para trazer à Sicília um barco que afundou no ano passado com centenas de refugiados, num caso emblemático que deixou ao menos 169 mortos já resgatados.

Segundo a OIM, com quatro naufrágios distintos com botes rumo ao Canal da Sicília, pelo menos 84 pessoas ficaram desaparecidas no maior deles. Já foram mais de 1.350 mortos nos quatro primeiros meses do ano, com 28.500 registrados chegando na Itália.

— O Mediterrâneo está virando a rota preferida. Estamos de olho no que pode acontecer nos próximos meses — disse o porta-voz Joel Millman.

Migrantes principalmente da África, como da Nigéria e da República Centro-Africana, têm feito a rota pelo Mediterrâneo desde antes de 2015, quando o caminho pelo Mar Egeu começou a ser mais procurado por sírios, iraquianos e afegãos. Com o fechamento das fronteiras marítimas gregas para refugiados (parte de um polêmico acordo europeu com a Turquia), a Líbia voltou a ser o país de onde mais migrantes saem rumo à Europa, indo para Malta, a Sicília e ilhas próximas.

Num caso que forçou as autoridades europeias a intensificarem discussões de combate à crise migratória no Mediterrâneo em 2015, a Guarda Costeira italiana começou os esforços para trazer o barco que afundou em abril do ano passado. Com 169 corpos descobertos, sobreviventes relatam que até outros 650 podem ter ficado presos dentro dele. O barco afundou a 370 metros de profundidade. Segundo a Itália, as vítimas serão enterradas na Sicília.


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