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Irã se prepara para atacar EUA após morte de general

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Irã – A morte do general iraniano Qasem Soleimani em um bombardeio na madrugada desta sexta-feira (02) no aeroporto de Bagdá, ordenado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, provocou uma onda de reações na comunidade internacional. O Irã pede uma “dura vingança”, o Iraque aponta uma “flagrante violação” da sua soberania, o Reino Unido solicita “reduzir a tensão”, e o líder xiita dos iraquianos cobra “moderação e sensatez”.

A máxima autoridade do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, atribuiu o ataque, segundo um comunicado publicado pela imprensa oficial, à “gente mais cruel da terra” e exaltou o “honorável” comandante, que “lutou corajosamente durante anos contra os males e os bandidos do mundo”. “Seu falecimento não deterá sua missão, mas os criminosos que mancharam suas mãos com o sangue do general Soleimani e de outros mártires devem esperar uma dura vingança”, acrescentou o líder, que declarou três dias de luto no país. “Amigos e inimigos sabem que a jihad de resistência continuará com mais motivação e que a vitória definitiva aguarda os combatentes neste abençoado caminho”, conclui o aiatolá.

O Irã convocou nesta sexta-feira um funcionário da Embaixada da Suíça —que representa os interesses dos Estados Unidos em Teerã na falta de relações diplomáticas entre os dois países. O presidente iraniano, Hasan Rohani, prevê também represálias pela morte do general: “Sem dúvida, a grande nação do Irã e outras nações livres da região se vingarão por este horrível crime dos criminosos Estados Unidos”. Para o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, o bombardeio representa uma “escalada extremamente perigosa e imprudente”.

Reação iraquiana

O líder espiritual xiita do Iraque, o grão-aiatolá Ali Sistani, condenou o ataque, mas também pediu prudência aos envolvidos. “O brutal ataque é uma violação insolente da soberania iraquiana e dos acordos internacionais. Matou vários comandantes que derrotaram terroristas do Estado Islâmico”, diz Sistani em um comunicado. “O país se encaminha para tempos difíceis. Peço a todas as partes implicadas que se comportem com moderação e atuem com sensatez”, conclui o líder.

O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdelmahdi, que está prestes a deixar o cargo, salientou que o ataque representa “uma escalada perigosa que acende uma guerra destrutiva no Iraque, na região e no mundo”. Em nota, disse que “realizar operações de ajuste de contas contra figuras de liderança iraquianas e de um país irmão em solo iraquiano constitui uma violação flagrante da soberania iraquiana e um ataque à dignidade do país”.

Fonte EL País 


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