Brasília Amapá |
Manaus

Europa: milhares protestam contra passaporte sanitário e novos lockdowns

Compartilhe
Europa: milhares protestam contra passaporte sanitário e novos lockdowns

Mundo – Milhares participaram no último domingo (9/1) de protestos na Bélgica e na República Tcheca contra as restrições oficiais para conter a propagação da covid-19. Na Alemanha e na Áustria, as manifestações se concentraram na véspera.

No momento, diversos governos da União Europeia estão adotando medidas de confinamento rigorosas e novas exigências, a fim de forçar um maior contingente de vacinações e de doses de reforço.

A altamente contagiosa variante ômicron do novo coronavírus está fazendo saltar o número de casos por todo o bloco. Infectologistas e profissionais de medicina alertam que um surto de contágios, sobretudo entre os não vacinados, poderá extrapolar as capacidades hospitalares.

Confira resumo do que ocorreu durante os protestos deste fim de semana:

BÉLGICA

Cerca de 5 mil cidadãos compareceram neste domingo a uma passeata na capital belga, Bruxelas. Os participantes carregavam faixas criticando “ditadura da vacina” e expressando descontentamento com a exigência de certificado de inoculação ou recuperação para frequentar bares, restaurantes e eventos culturais.

O protesto foi menor e menos violento do que outros ocorridos na cidade. Foram detidos 11 manifestantes por portarem fogos de artifício. Outros 30 foram presos no fim da passeata, depois que um grupo lançou os fogos contra a polícia.

Na semana de 30 de dezembro a 5 de janeiro, a Bélgica registrou aumento de 96% dos casos de covid-19, em relação à semana anterior, assim como de 28% dos internamentos.

REPÚBLICA TCHECA

Na capital, Praga, milhares protestaram no domingo contra a proposta de tornar a vacinação contra o vírus Sars-CoV-2 compulsória para certos grupos etários e profissionais. Muitos na multidão carregavam bandeiras tchecas e entoavam “Liberdade, liberdade!”.

O governo tcheco está estudando obrigar a se vacinarem maiores de 60 anos, médicos, estudantes de medicina, policiais e bombeiros. A medida foi decretada no início de dezembro pelo então primeiro-ministro, Andrej Babis.

Nesse ínterim, seu governo foi substituído por uma coalizão de 5 partidos, liderada por Petr Fiala. Este considera suspender a compulsoriedade para os sexagenários, mas não descartou mantê-la para certas profissões.

ALEMANHA

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em toda a Alemanha no sábado (8/1) nos mais recentes protestos contra as políticas do governo usando a premissa de contenção do coronavírus.

O maior evento foi realizado em Hamburgo, onde cerca de 13.700 pessoas compareceram, segundo a polícia. Anteriormente, a polícia havia dado uma estimativa de comparecimento de 16.000. Os organizadores inicialmente esperavam que 11.000 pessoas comparecessem ao comício, realizado sob a bandeira: “Basta! Tire as mãos de nossas crianças”.

Em diversas cidades alemãs ocorreram protestos contra as imposições do governo, em parte direcionadas à recém-aprovada obrigatoriedade de vacinas para funcionários de hospitais e lares de cuidados especiais.

Grande parte das passeatas foi organizada pelo movimento Querdenken 711 (pensamento lateral). Criado na cidade de Stuttgart, desde o início da pandemia ele se opõe aos confinamentos decretados pelo governo. Um protesto em Berlim no ano passado organizado pelo grupo já chegou a reunir 18 mil pessoas.

No sábado (8/1), algumas cidades do país também testemunharam contraprotestos, com uma quantidade menor de pessoas. Em Minden, no oeste, cerca de 2.500 cidadãos formaram uma corrente humana em solidariedade a um político local atacado por um grupo crítico dos passaportes sanitários. Além disso, em Dresden, no leste da Alemanha, mais de 3.500 fizeram um protesto silencioso contra as manifestações críticas às “medidas antipandemia”.

ÁUSTRIA

Viena teve mais um fim de semana de protestos de massa contra as restrições antipandemia do governo austríaco. No sábado, cerca de 40 mil expressaram seu desagrado com os planos de um mandato geral contra o passaporte sanitário dos soros anti-covid.

O chanceler federal austríaco, Karl Nehammer, que apresentou teste positivo na sexta-feira (7/1), afirmou que pretende manter a obrigatoriedade a partir de 1º de fevereiro.

Assim como numerosos outros países europeus, a Áustria está se debatendo com uma onda de casos de covid-19, impulsionada pela variante ômicron, mas as mortes continuam baixas.

 

Com auxílio de informações via Poder360 e MSN


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7