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EUA e Rússia estendem cessar-fogo à cidade de Aleppo

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WASHINGTON — Os Estados Unidos e a Rússia concordaram em estender a frágil trégua na Síria para incluir a cidade de Aleppo. O cessar-fogo vem sendo constantemente desafiado pelos intensos ataques no país. Nos últimos dias, uma série de bombardeios atingiu unidades médicas de Aleppo, agravando ainda mais a crise humanitária em um dos principais campos de batalha na Síria.

Apesar dos intensos esforços diplomáticos, a violência na maior cidade da Síria — que já foi o grande centro comercial do país — já segue há duas semanas. Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU faz uma reunião para discutir a escalada das tensões na região.

Autoridades americanas afirmam ter testemunhado a amenização nos episódios de violência desde o acerto do acordo a noite de terça-feira. No entanto, as violações ao acordo persistem em algumas áreas do país.

— Desde que isso entrou em vigor a 00h01 de Damasco, vimos uma diminuição da violência nessas áreas — afirmou o porta-voz americano Mark Toner.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou na terça-feira quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU por ligação com uma série de ataques a hospitais na Síria, Iêmen e Afeganistão. O órgão, de 15 membros, adotou de forma unânime uma resolução lembrando aos países que sob leis internacionais devem proteger os trabalhadores médicos e de ajuda, mas o texto não impõe qualquer nova obrigação e não identifica qualquer conflito.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que todos os países devem fazer mais do que apenas condenar ataques, agindo para proteger hospitais e agentes de saúde em zonas de conflito. Estes têm sido alvos frequentes na guerra síria, conflito que já resultou na morte de 730 agentes de saúde nos últimos cinco anos, segundo o secretário-geral. Apenas na última semana, houve registro de três bombardeios a centros médicos no país.

— Ataques diretos e intencionais a hospitais são crimes de guerra — disse Ban Ki-moon.

O ataque ao hospital al-Dabit aconteceu menos de uma semana após dois bombardeios aéreos atingirem um hospital e uma clínica em uma área controlada por rebeldes. Provavelmente perpetrado pelas forças leais ao ditador Bashar al-Assad, o ataque aéreo ao hospital al-Quds na última quarta-feira deixou 55 mortos, incluindo médicos e pacientes. Os ataques agravaram ainda mais o cenário em uma cidade arrasada pela guerra, onde 250 mil civis estão sitiados e quase sem qualquer acesso a ajuda humanitária ou médica.


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