EUA aumenta recompensa por captura de Maduro para R$ 150 milhões
Mundo – O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (10/1), uma recompensa de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. O anúncio, feito após a controversa posse do líder venezuelano, reflete a intensificação das medidas do governo Biden contra o regime chavista.
Recompensas milionárias contra líderes chavistas
Além de Maduro, o Departamento de Estado americano ofereceu recompensas por outros dois importantes nomes do governo venezuelano: Diosdado Cabello Rondón (US$ 25 milhões) e Vladimir Padrino López (US$ 15 milhões). Juntas, as ofertas somam US$ 65 milhões e fazem parte do Programa de Recompensa para Narcóticos, que busca responsabilizar lideranças do regime por tráfico de drogas e outras violações.
Em postagens na plataforma X (antigo Twitter), o Departamento de Estado divulgou imagens e informações detalhadas sobre as acusações. “O povo venezuelano e o mundo sabem a verdade: Maduro perdeu claramente a eleição presidencial de 2024 e não tem o direito de reivindicar a presidência”, declarou o órgão.
Novas sanções e pressão internacional
O Departamento do Tesouro dos EUA também anunciou sanções contra oito aliados do regime, incluindo Hector Obregón Pérez, presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA), e Ramon Velásquez Araguayán, ministro dos Transportes e presidente da Conviasa. Ambos são acusados de violações de direitos humanos e repressão a opositores.
Segundo Bradley T. Smith, subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, a PdVSA é central na geração de receitas que sustentam o regime. “Obregón Pérez é fundamental nessa operação”, afirmou Smith, enfatizando que as novas medidas têm como objetivo enfraquecer as bases financeiras do governo Maduro.
Proteção aos venezuelanos e limites nas sanções
Em um gesto de solidariedade, os EUA anunciaram a extensão por mais 18 meses do status de proteção temporária para milhares de venezuelanos que vivem no país. A medida permite que esses imigrantes continuem a residir e trabalhar legalmente nos Estados Unidos, enquanto a crise humanitária na Venezuela persiste.
Por outro lado, o governo Biden optou por manter as licenças para empresas estrangeiras, como a Chevron, continuarem a extrair petróleo no país sul-americano, equilibrando pressão diplomática e interesses econômicos.
Rejeição internacional à posse de Maduro
A posse de Maduro para um terceiro mandato foi amplamente criticada pela comunidade internacional. Além das ausências de líderes estrangeiros, o evento foi marcado por panelaços em diversas regiões do país, simbolizando a insatisfação popular.
O governo americano reafirmou seu compromisso com o voto democrático na Venezuela e condenou as eleições de 2024 como fraudulentas. “Desde a eleição do ano passado, Maduro e seus aliados intensificaram a repressão. Os EUA e seus parceiros permanecem solidários com o povo venezuelano em sua luta por uma nova liderança”, declarou Smith.