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Empresas alertam que saída do Reino Unido da UE colocaria economia em risco

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LONDRES — Executivos de grandes empresas britânicas se pronunciaram nesta terça-feira a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia, alertando que a saída do bloco pode colocar a economia do país em risco. Na carta conjunta publicada no jornal “The Times”, os 198 empresários também advertem que o voto da população pela retirada pode frear investimentos e ameaçar empregos.

“Os negócios precisam de acesso sem restrições ao mercado europeu de 500 milhões de pessoas para continuar crescendo, investindo e criando empregos”, aponta o documento. “Acreditamos que abandonar a UE pode conter o investimento e ameaçar empregos, arriscaria a economia”.

O documento reúne presidentes e CEOs de empresas como a British Telecom (BT), as lojas de departamento Marks & Spencer, a companhia aérea Easyjet, a operadora de telefonia celular Vodafone e os diretores dos aeroportos londrinos de Heathrow e Gatwick. Para os empresários, o Reino Unido fica melhor em uma UE reformada.

“As empresas que lideramos representam cada setor e região do Reino Unido. Juntos, empregamos mais de 1 milhão de pessoas em todo o país”, afirma a carta.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron apresentou ao Parlamento a proposta de realização de um referendo a ser realizado em 23 de junho sobre a permanência na UE em uma sessão tumultuada, com vaias e gritos de apoio. voltou a defender que o país não deixe o bloco europeu, afirmando que a mudança poderia ameaçar a segurança e a economia britânicas.

— Nosso “status especial” significa que teremos o melhor de dois mundos. Estaremos nas partes da Europa que funcionam para nós e fora das partes que não funcionam — afirmou o primeiro-ministro nesta segunda-feira. — Esta é uma decisão vital para o futuro do nosso país. E nós deveríamos deixar claro que esta é uma decisão final.

No entanto, essa defesa esbarra em algumas condições. Com o acordo alcançado na sexta-feira, alguns pontos já foram resolvidos, mas a insatisfação com as políticas da União Europeia continuam. Uma das partes mais polêmicas do acordo foi o pedido britânico para que não sejam mais pagos benefícios sociais a imigrantes internos, o chamado “freio de emergência”, limitado pela UE em no máximo quatro anos. A medida é a mais criticada pelos outros países do bloco, despertando a oposição ferrenha de Polônia, República Tcheca, Hungria e Eslováquia, que têm milhares de cidadãos trabalhando no Reino Unido.

O documento proposto também exclui o Reino Unido de qualquer medida destinada a forjar uma maior integração política com a Europa e cria mecanismos para que os países fora da zona do euro não sejam forçados a debater leis que consideram contrárias a seus interesses.


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