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Ativista dinamarquesa de direitos humanos e marido são multados por carona a sírios

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COPENHAGUE — Uma proeminente ativista dinamarquesa para os direitos humanos Lisbeth Zornig e seu marido Mikael Lindholm foram multados nesta sexta-feira em 4.7 mil libras (R$ 24.5 mil) por tráfico de pessoas depois que o casal deu uma carona para uma família síria do Sul do país para Copenhague em setembro do ano passado. Após chegar à capital, os dois levaram os sírios a sua casa para um lanche e foram com eles a uma estação de trem, onde compraram bilhetes para todos com destino à Suécia.

O casal, que se declarou inocente das acusações, disseram não saber que estavam infringindo a lei, pois não cobraram nenhum dinheiro pela carona. A família que eles ajudaram – quatro adultos e duas crianças – estavam tentando atravessar a Dinamarca a pé depois que o trem que eles pegaram para a Alemanha foi parado na cidade de Rødby. Lisbeth contou à mídia local que assim que os viu teve a vontade de ajudá-los.

— Foi uma experiência surreal — disse a ativista — A sensação era estar diante de nós algo que só víamos pela TV.

Mas ao levá-los de carro os dois violaram um recente ato dinamarquês que torna ilegal transportar qualquer pessoa sem autorização de residir no país. Eles são só um dos exemplo de centenas de pessoas que fizeram o mesmo.

“Não é um crime para ajudar seres humanos que fogem da guerra”, disse ela nas redes sociais. “Deixem-nos mostrar que decência e senso de dever ainda existem na Dinamarca”.

Lisbeth, a ex-chefe do Conselho Nacional da Dinamarca para Crianças, classificou o veredicto como sinal político claro de que o governo vai continuar com os esforços para conter o fluxo de refugiados.


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