Após renúncia do primeiro ministro da Inglaterra, aliado de Putin chama Boris Johnson de “palhaço”
Mundo – “Boris Johnson é um palhaço e tem responsabilidade pessoal por bombardear cidades russas”, afirmou o principal aliado de Putin, Vyacheslav Volodin, depois que o primeiro-ministro do Reino Unido renunciou ao cargo de líder conservador na quinta-feira (7).
“O palhaço está saindo”, escreveu o orador da Duma Estadual em seu canal Telegram, compartilhando a notícia de que Johnson também deixaria o cargo de primeiro-ministro assim que uma nova pessoa fosse encontrada para o cargo.
“Apesar de todas as suas tentativas e esforços, ele não conseguiu sobreviver”, disse Volodin.
O orador da Duma continuou sugerindo que Johnson era um “amigo próximo e patrono” do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e estava “por trás dos bombardeios de cidades russas pacíficas” como Belgorod e Kursk.
“Os súditos britânicos deveriam saber disso”, insistiu Volodin, alegando que Johnson era “um dos principais ideólogos” que defendia a luta contra a Rússia “até o último ucraniano”.
Volodin concluiu dizendo que outros líderes europeus deveriam tomar nota “a que tais políticas podem levar”.
Boris Johnson tem sido um dos aliados mais expressivos de Kiev desde que a Rússia lançou sua campanha militar contra a Ucrânia no final de fevereiro. Sob Johnson, o Reino Unido tornou-se um dos principais fornecedores de armas para a Ucrânia, prometendo quase 2,3 bilhões de libras em ajuda militar ao país. Ele também foi um dos primeiros líderes mundiais a visitar Kiev em abril, e o presidente Zelensky chamou o primeiro-ministro britânico de “grande amigo” da Ucrânia.
Johnson apresentou sua renúncia na quinta-feira, depois que mais de 50 altos funcionários do governo, incluindo secretários e ministros, renunciaram devido a desentendimentos com o primeiro-ministro.
Ele foi nomeado primeiro-ministro em 2019 e sobreviveu a um voto de desconfiança no Parlamento no mês passado. O governo de Johnson está envolvido em várias controvérsias de alto nível, incluindo uma investigação que revela que funcionários do gabinete, incluindo o próprio primeiro-ministro, violavam rotineiramente as regras de distanciamento social do Covid-19.