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Após o Brexit, um futuro incerto para os imigrantes europeus

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LONDRES – Como milhões de pessoas ao redor do mundo, Alejandro Majnoler tentava entender a saída britânica da União Europeia (UE), e concluiu que as ramificações da inesperada decisão do Reino Unido podem ser especialmente complicada para os imigrantes.

— O Reino Unido está dizendo que não quer mais participar da festa — afirmou o italiano, no país há dois anos. — Precisarei de um visto? Terei mais gastos? Os imigrantes ficarão em desvantagem, com certeza. Meus amigos na Itália estão me dizendo para voltar.

A imigração foi apenas um dos principais campos de batalha no referendo sobre a permanência na UE, com os defensores da saída argumentando que seria a única maneira de controlar a entrada de pessoas no país. Como membro da UE, o Reino Unido era obrigado a permitir o livre trânsito de cidadãos dos outros 27 Estados-membros, e embora os defensores do Brexit tenham alegado durante a campanha que o novo sistema de imigração não afetaria os 7,5 milhões de residentes estrangeiros no país, ainda será necessário algum tempo antes que os termos exatos do “divórcio” da UE sejam conhecidos.

Nesse meio-tempo, boa parte dos estrangeiros terá pela frente um futuro num país no qual não se sente exatamente bem-vinda. No entanto, Jakub Krupa, um jornalista e ativista polonês, afirma não esperar que seus conterrâneos — que formam o maior grupo de estrangeiros no país — retornem à Polônia após a votação.

— Mas o discurso de ódio contra imigrantes, que vinha se intensificando, agora parece ter se tornado aceitável — lamenta.

Outro polonês, Lucas, no país desde 2004, cogita uma mudança para outra cidade europeia.

— Me sinto europeu e gosto da liberdade de poder me movimentar — conta.


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