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Americano pediu ao FBI que o resgatasse do Estado Islâmico

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WASHINGTON — No fim de outubro de 2014, o FBI recebeu um e-mail pouco comum de um jovem chamado Mohimanul Alam Bhuiya, que então, com 25 anos, tinha se unido ao Estado islâmico. O morador do Brooklyn estava desesperado e à procura de uma saída. Ele queria que o FBI fosse resgatá-lo.

“Sou um americano que está na Síria tentando voltar para casa”, escreveu no e-mail, de acordo com documentos judiciais federais divulgados no mês passado. “Só quero voltar para casa, voltar tudo ao normal comigo e com minha família”. E acrescentou: “Estou cansado deste mal”.

O FBI ainda estava verificando sua identidade quando Bhuiya conseguiu escapar, cerca de uma semana depois. Ele voltou para os EUA, onde foi prontamente preso e acusado de fornecer apoio material e receber treinamento militar do Estado Islâmico. Em um julgamento fechado no Brooklyn, ele se declarou culpado de ambas acusações em 26 de novembro de 2014 e enfrenta até 25 anos de prisão.

Bhuiya não segue o padrão de um recrutado do EI. Ele parecia ter um futuro brilhante e frequentou a Universidade de Columbia antes de cair nas garras do EI. Bhuiya contou que rapidamente ficou desiludido e descreveu o Estado Islâmico como uma “distopia”.

— Você podia ver a loucura em seus olhos — lembrou em entrevista à rede de TV americana NBC.

Bhuiya decidiu então fugir e no e-mail para o FBI afirmou que não tinha um passaporte porque o Estado Islâmico o tinha tomado. Ele perguntou se alguém poderia pegá-lo na fronteira. “Por favor, me levem para casa”, escreveu ao FBI.


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