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Médicos dizem que não estão fazendo eutanásia em Manaus e exigem retratação do presidente Mário Vianna

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Amazonas – Após a declaração do Dr. Mário Vianna, presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), que disse que os profissionais de Manaus estão “praticando eutanásia”,  dez empresas médicas do estado publicaram uma nota nesta terça-feira (26) e esclareceram que o procedimento não está sendo feito. Os profissionais de saúde repudiaram a acusação do presidente do Sindicato e exigem uma retratação do mesmo.

Confira a nota, assinada por dez empresas da área, na íntegra:

“Os médicos do Amazonas vem a público novamente manter o diálogo com a população. Na cidade de Manaus, seguimos atravessando período de muita tristeza, o qual certamente nenhum de nós imaginava viver. Neste cenário cabe a nós jogar a luz onde ela é necessária e jogar para as sombras comentários duvidosos, despreparados e perigosos.

Profissionais de Saúde em diversas partes da cidade, e quiçá de todo o Estado do Amazonas, mesmo diante da angústia de não dispor dos meios e recursos necessários para tratar seus pacientes, entregaram o que podiam oferecer: dignidade.

A frase atribuída a Hipócrates, “Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre“, se apresenta mais atual do que nunca diante do cenário devastador em que nos encontramos.

Nesta semana acompanhamos serem veiculados na mídia e compartilhados inúmeras vezes postagens e texto e vídeo sugerindo que nesta cidade se deram casos de eutanásia. Tal iniciativa temerária e leviana traz ainda mais perturbações às famílias aflitas com seus entes queridos internados, além de mostrar absoluto despreparo e desconhecimento. Tais interlocutores não representam a opinião da classe médica e deveriam se retratar.

Nenhuma vida foi abreviada intencionalmente pelas equipes de saúde, e sim pela ausência de insumos e condições de um sistema de saúde que não estava preparado para o enfrentamento de uma pandemia dessa proporção.

A ação dos médicos no trato com os pacientes e seus familiares nunca foi conduzida nesta linha que todos sabemos é proibida por lei. O que houve foram médicos e profissionais de saúde consternados, que rasgando sua própria carne quando tudo que desejavam era tratar e curar, puderam apenas aliviar, e diante do inevitável lhes restou consolar aos que ficaram, quando na realidade eles mesmos é que necessitavam de consolo.

Lamentamos profundamente e repudiamos qualquer manifestação que impute tais atos a uma classe que trata seus pacientes enquanto também sangra ao seu lado, adoecendo, perdendo amigos e familiares. E assim continuará. Até que se vença esta crise.

Att: Cooperclim, Icea, Itoam, Cardiobaby, SAPP, Igoam, Coopanest, Coopaneo, Coopati, COOAP”. 


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