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Vídeo mostra festa com drogas e álcool em presídio feminino no Recife. Imagens foram feitas em réveillon na Colônia Penal Feminina.

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Um vídeo, que teve autenticidade confirmada pelo Governo do Estado, mostra uma festa de com direito a álcool e drogas realizada pelas presas da Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, na Zona Oeste da cidade.

Nas imagens, é possível ouvir as detentas chamando o evento de “Bonde do Prato”, em referência ao consumo de drogas, possivelmente cocaína. Na gravação, presidiárias também aparecem com celulares e tiram fotos, enquanto dançam e ouvem música. A maioria se exibe com copos na mão e o clima é de animação.

Elas acabaram parando nas redes sociais, no domingo (8). O link do vídeo chegou ao WhatsApp da Globo Nordeste nesta terça (10).

Secretário de Justiça fala sobre punição de presas envolvidas na festa

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, disse ao G1 que as presidiárias receberam as devidas punições. Um inquérito administrativo foi aberto para apurar as circunstâncias da festa. “Isso é afrontoso. Nove [presas] foram identificadas por consumo de drogas, estão em celas de disciplina e vão responder a inquérito administrativo”, afirmou Pedro Eurico.

O vídeo

Nas primeiras imagens, o vídeo mostra uma detenta falando ao celular, no meio do corredor da unidade. Outras presas estão em volta. Em seguida, a câmera focaliza uma das celas. O espaço está ornamentado com panos e tem paredes pintadas em várias cores.

Nesse momento do vídeo, uma das presas afirma que é o “Bonde do Prato”. Em seguida, aparece uma das mulheres cheirando algo que se assemelha à cocaína. Outra presa exibe cigarros de maconha. “É massa”, declara outra presidiária, usando uma gíria local para falar sobre o entorpecente.

A ColôniaPenal Feminina do Recife tem capacidade para 200 detentas. Hoje, abriga 691, de acordo com no Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE). O número de responsáveis pela guarda, conforme a entidade, não é suficiente.

“São três a quatro pessoas por plantão para dar conta dessa população. O ideal seria contar com pelo menos 30 servidores”, afirma o presidente da entidade, João Carvalho. Diante do problema, ele voltou a cobrar uma posição do governo de Pernambuco sobre o concurso para agentes. “Eles tinham prometido para 2016, mas foi adiado outra vez”, afirmou.


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