Brasília Amapá |
Manaus

“Suicídios pelo coronavírus no mundo: eis aonde leva a disseminação do pânico” – Isolamento, desemprego e depressão.

Compartilhe

Suicídio na Itália e agora na Alemanha. O ministro das Finanças de Hesse, Thomas Schaefer, “profundamente preocupado” com as consequências da epidemia de coronavírus na economia, cometeu suicídio, anunciou neste domingo o primeiro-ministro do estado alemão, Volker Bouffier.

Schaefer, 54 anos, casado e com dois filhos, foi encontrado morto no sábado perto de uma via férrea. O Ministério Público de Wiesbaden indicou que prioriza a hipótese de suicídio. Schaefer era ministro das Finanças há 10 anos deste ‘land’, no qual se encontra Frankfurt, o centro financeiro da Alemanha, sede do Banco Central Europeu e de grandes bancos do país.

Remédio ante-depressivo sumiu das farmácias neste momento de crise.

“O carbolitium, como é chamado, é um estabilizador de humor que potencializa os antidepressivos. É um remédio relativamente barato, e o nosso medo é justamente esse: pararem de fabricar por conta do preço”, disse a médica. “Nenhum remédio atua como o carbolitium, o que preocupa muito a comunidade de psiquiatria, por não saber, muitas vezes, como orientar os pacientes que precisam disso para viver suas vidas da forma mais normal possível”, concluiu. Já o presidente da associação no Estado, o psiquiatra Valdir Campos, ressaltou que a deficiência dos remédios pode causar um problema grave de saúde pública. “Muitos pacientes necessitam desses medicamentos para manter uma vida estável. Sem isso, eles podem ter problemas em casa, na escola, no trabalho. Em casos extremos, eles precisam ser afastados dessas atividades, o que prejudica muito o desenvolvimento dessa pessoa”, comentou o especialista.

Isolamento pode levar a depressão e ao suicídio – Desemprego no Brasil neste momento do Corona vírus poderá levar muito brasileiros ao desespero.

De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 4° país com maior crescimento de casos de suicídio na América Latina, com aumento de 10,4%. Isaura explica que é muito difícil explicar os números, pois são poucos os estudos aprofundados sobre as causas.

“É importante entender que o suicídio é uma fuga da dor, e não da vida”, afirma a coordenadora. Ela explica, ainda, que apesar de ser muito difícil definir uma só causa do suicídio, cerca de 90% dos casos estão ligados a algum distúrbio mental, seja depressão, alteração de humor ou uso de drogas. “O que sabemos é que sempre as pessoas que tentam suicídio elas estão se sentindo sozinhas, isoladas”, explica.

A sensação é a de isolamento, e de que ninguém nunca vai compreender o que ela sente, e que será julgada. Quando se sente assim, a pessoa normalmente dá alguns sinais: “Elas falam que não aguentam mais, que estão cansadas”, comenta Isaura. Quem está próximo, quando percebe isso, precisa dar atenção:

“É necessário acreditar no que a pessoa está dizendo, ter cuidado e oferecer ajuda. No entanto, nunca existe uma fórmula. Dizer que a pessoa não deve se sentir assim, e que o que ela está sentindo é besteira, que existem outras em situação pior, não ajuda. É preciso ouvir sem julgar”, explica Isaura.

Por outro lado, quem percebe que está indo para o fundo do poço precisa entender que não está sozinho: “A pessoa precisa entender que ela não é fraca por estar se sentindo assim, que não é um ET, existem outras pessoas na mesma situação”. Isaura ainda afirma que o suicídio não é nem covardia e nem coragem: “É apenas a vontade de acabar com a dor”.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7