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Instituto prevê para junho grande cheia do rio Negro

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O rio Negro deve atingir níveis alarmantes durante a cheia de 2017. A previsão é do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que indica um pico de 29,18 metros na segunda quinzena de junho em Manaus (AM). Esse nível é 1,31 metro acima da média histórica. Se confirmada a previsão, será a sexta grande cheia dos últimos 10 anos, com impactos sociais e econômicos nas áreas urbanas consideradas críticas e nas comunidades ribeirinhas.

 

“Teremos novamente uma cheia acentuada, que continua nessa tendência de aumento da frequência e da intensidade das cheias observada nos últimos 30 anos”, afirma o pesquisador Jochen Schongart, que desenvolveu um modelo matemático para prever as cheias do rio Negro.

Segundo ele, a elevação do nível dos rios da Amazônia Central depende das condições do Pacífico Equatorial. “No ano passado, tivemos a forte influência do fenômeno El Niño. O aquecimento das águas superficiais na região central e leste do Pacífico Equatorial resultou numa cheia não muito forte, que ficou abaixo nos níveis máximos históricos, alcançando 27,18 metros. Mas o valor previsto para este ano é exatamente dois metros acima desse valor”, alerta o pesquisador.

Schongart explica que as grandes cheias são, muitas vezes, causadas pelo fenômeno de La Niña, que ocorreu no ano passado. “O La Niña é o esfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial, que intensifica as circulações atmosféricas, trazendo mais chuvas para a Amazônia. E essas chuvas que caem nas cabeceiras dos rios acima das condições normais resultam numa grande cheia.”

Impactos

O pesquisador afirma que ribeirinhos e moradores das áreas urbanas consideradas críticas já devem começar a planejar as atividades econômicas, com a colheita das roças e a retirada do gado para áreas de terra firme ou para cima de marombas. “Com relação à extração de madeira, esta será favorável, porque terá fácil acesso às florestas alagáveis. Mesmo aqueles que estão em topografia mais alta, a cheia facilitará este tipo de atividade econômica, mas para outras atividades (agropecuária e agricultura), a cheia poderá trazer grandes impactos”, diz Schongart. Com informações da assessoria do MCTIC.

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