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Grupo Samel: mais que um legado, uma contribuição para a sociedade amazonense há mais de 40 anos

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Manaus (AM) – Há mais de 50 anos, um jovem sonhador deu início ao legado da família Nicolau, e ao Grupo Samel. Com apenas 22 anos de idade, Luiz Fernando Sarmento Nicolau veio da Paraíba do Sul (RJ) para Manaus, e trouxe na bagagem a esperança de salvar vidas.

Em 1968, Luiz foi aprovado na Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do Amazonas (FUA), onde se doou pelos cinco anos do curso, graduando-se em 1973, aos 27 anos. Com o canudo na mão, a ascensão da carreira do jovem não teve limites.

No ano de 1974, Nicolau já atuava na área ocupando três cargos. Luiz atendia no Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), na Secretaria de Saúde de Manaus e também era professor universitário da FUA.

Com a experiência na docência e na área hospitalar, no ano seguinte, em 1975, o jovem médico também almejou sucesso na carreira administrativa. Luiz Fernando Nicolau foi para São Paulo e pós-graduou-se em administração hospitalar.

Ao retornar para Manaus com mais uma bagagem, dessa vez intelectual, Luiz fundou em 1976 o Pronto-Socorro e Hospital dos Acidentados, no Centro histórico de Manaus. A iniciativa foi crucial para o império Samel.

Após três anos a frente do Hospital dos Acidentados, Luiz inaugurou o Hospital Samel, em 1979. Atualmente, a Samel é considerada a maior rede de assistência hospitalar de todo o Amazonas.

A excelente colaboração de Luiz para o estado, tanto econômica quanto social, foi reconhecida na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Durante solenidade, Luiz Fernando Sarmento Nicolau recebeu o título de cidadão amazonense pelos feitos significativos.

Com uma trajetória inspiradora e de sucesso, Luiz Fernando Sarmento Nicolau faleceu aos 74 anos, em outubro 2020, deixando então o legado para os filhos.

Evolução da Samel

Em 42 anos cuidando da saúde dos amazonenses, o grupo Samel se expandiu por diversas zonas da cidade de Manaus, sempre caminhando com a tecnologia. Com seis unidades próprias – Hospital Samel; Hospital Oscar Nicolau; Centro Médico Getúlio Vargas; Centro Médico São José; Hospital Samel Boulevard e Centro Médico Via Norte –, o grupo se mantém evoluindo e exercendo seu maior objetivo: salvar vidas.

Atualmente sob gestão do filho,  Luiz Alberto Nicolau, o grupo Samel ainda pretende fundar mais um hospital na capital amazonense, no bairro Aleixo, zona centro-sul de Manaus. Esta unidade estava prevista para inaugurar em novembro de 2020, mas devido a pandemia, a obra segue inacabada .

Atuação na Pandemia 

Diante da problemática de que o uso de respiradores é considerado agressivo aos pacientes com a Covid-19, a Samel junto ao Instituto Transire, desenvolveram a ‘Cápsula Vanessa’. De baixo custo, a cápsula foi uma estratégia de salvar mais vidas durante a pandemia.

Feita de PVC e plástico transparente, a cápsula isola o paciente, promove uma ventilação não-invasiva e impede que gotículas com o vírus se espalhem pelo local.  O experimento obteve ótimos resultados e alcançou o menor índice de mortes e a maior taxa de recuperação, e também reduziu o tempo de internação de 20 para 5 dias.

Além da ‘Cápsula Vanessa’, o grupo Samel também se empenhou para ajudar a rede pública de saúde. Ricardo Nicolau esteve a frente da gestão de um hospital de campanha, que inclusive foi inaugurado em tempo recorde e conseguiu salvar muitas vidas do vírus invisível e devastador.

O tratamento de excelência e humanizado virou referência não somente para o Amazonas ou Norte do Brasil, mas também para todo o mundo, e acabou virando tema de um documentário que pode concorrer  ao Oscar  no ano de 2021.

Documentário ‘Protocolo da Morte’

Produzido pelo roteirista brasileiro André Felippe Di Mauro, o documentário aborda a eficácia do grupo Samel no combate à Covid-19.

De forma emocionante, o longa-metragem comprova que a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que deveria intubar os pacientes logo que fossem diagnosticados com a doença, estava equivocada. Ficou claro que a intubação precoce aumenta o risco de morte de quem está com o coronavírus, e que a Cápsula Vanessa foi uma criação espetacular que poupou milhares de mortes.

Atualmente a OMS reconhece que a sugestão foi erronia, mas a Samel precisou ir contra tudo e contra todos para provar que esta era a melhor alternativa.

O roteirista explica que o documentário não é apenas para mostrar quem estava certo ou errado, mas sim para conscientizar os profissionais de saúde acerca do protocolo certo, para trocarem o ‘protocolo da morte’ pelo da vida.

Com 43 minutos de duração, a mega produção foi pré-indicada ao Oscar, em três categorias: Documentary Feature (Melhor Documentário de Longa-Metragem); Original Score (Melhor Trilha Sonora); Original Song (Melhor Música Original).

A lista oficial dos indicados a premiação será feita no dia 15 de março, e a ansiedade é grande por parte dos envolvidos no projeto.

O documentário está disponível na plataforma de stream ‘Sala De Cinema’  (http://saladecinema.com/protocolo-da-morte/). Após acessar o link, só é preciso digitar a senha “vida” e apreciar a obra emocionante.

Texto por Bruno Almeida com colaboração de Meriane Jeffreys, do Portal CM7.


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