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Ex-secretários Afonso Lobo e Pedro Elias querem liberdade por medo de outra rebelião

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Manaus – Por conta do motim ocorrido no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM II), no Km 8 da BR-174, a defesa dos ex-secretários Afonso Lobo e Pedro Elias pediram a revogação da prisão e a liberdade provisória, respectivamente, dos réus que estão presos na unidade.

O medo de uma suposta invasão de facções rivais levou aproximadamente 30 presos da ala de inclusão do CDPM II a fazer, no último domingo (25), um agente penitenciário de refém e a incendiarem dois colchões.

A defesa do ex-secretário de Estado de Fazenda (Sefaz) Afonso Lobo disse que pediu a revogação da prisão em virtude da insegurança da unidade e aguarda parecer. Questionado se irão recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou o pedido de prisão domiciliar, publicada na terça-feira (27), a defesa informou que não irá apelar judicialmente e disse ainda que aguarda o julgamento do habeas corpus pelo Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF1), em Brasília, e somente após a decisão tomará novas providências.

Lobo foi preso preventivamente no dia 13 de dezembro de 2017, na operação “Custo Político”, da Polícia Federal, segunda fase da operação Maus Caminhos – acusado de participação no esquema de propinas e desvio de verbas da Saúde do Amazonas. Ele foi beneficiado com a prisão domiciliar no dia 24 de janeiro por decisão do juiz Ricardo Salles durante o plantão judiciário, mas retornou ao CDPM 2, no dia 1º de fevereiro.

O advogado Carlos Evaldo, que representa o ex-secretário de saúde, Pedro Elias, também acusado dos mesmos crimes, declarou que está reunindo a documentação necessária para pedir a revogação da prisão incluindo entre os argumentos a ocorrência do motim. Também informou que ainda não foi apresentado a defesa preliminar do ex-secretário na 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas, onde o processo tramita, em virtude da concessão do adiamento do prazo.

Já a defesa do ex-governador José Melo, por outro lado, não avalia que a unidade apresente insegurança para o cliente e aposta no julgamento do habeas corpus pela desembargadora federal Mônica Sifuentes.

“Eles não estão inseguros. O professor José Melo só soube que houve o motim porque o agente penitenciário que havia sido refém falou no momento que estava acontecendo a tranca da cela. Ele não ouviu nada. Esperamos que na terça-feira, na próxima sessão do TRF-1, ocorra o julgamento do habeas corpus pela desembargadora Mônica Sifuentes”, disse o advogado José Carlos Cavalcantti Júnior.

A defesa de Evandro Melo e Raul Zaidan não atendeu às ligações da reportagem, nem respondeu as mensagens encaminhadas via aplicativo. E o advogado do ex-secretário Wilson Alecrim não quis dar detalhes sobre a defesa preliminar.

Fonte: Acrítica


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