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CPI da Saúde constata caos no Hospital Francisca Mendes

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Manaus – Após receber denúncias de pacientes internados no hospital Francisca Mendes, na zona norte de Manaus, a CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas foi hospital nesta quarta-feira (15) para verificar a qualidade dos serviços médicos oferecidos à população.

A comissão constatou o descaso com a saúde de pacientes e a falta de controle com gastos públicos. A inspeção teve a participação dos deputados Delegado Péricles (presidente da CPI), Fausto Jr. (relator da CPI), Wilker Barreto e Doutor Gomes.

Foi constatada a falta de materiais para cirurgia cardíaca, como cânulas arteriais, válvulas mecânicas, condutos valvados e outros utensílios indispensáveis às cirurgias no coração.

“Sem estes equipamentos, os familiares são obrigados a comprar os materiais. Equipamentos que deviam ser fornecidos gratuitamente pelo hospital”, explicou o deputado Fausto Jr.

Vale lembrar que o hospital Francisca Mendes já foi referência no norte/nordeste do País para cirurgias cardíacas, atraindo cardiologistas renomados que vieram ao Amazonas para conhecer o hospital.

O mesmo problema de falta de equipamentos atinge a ala destinada à neurologia. Segundo a CPI apurou, faltam materiais para o cuidado de pacientes com aneurisma.

Na farmácia do hospital, foi contatada ausência de medicamentos que deviam ser distribuídos aos pacientes. Sem os remédios, os familiares são obrigados a comprar os medicamentos receitados pelos médicos. O problema foi denunciado à CPI, que confirmou o descaso no hospital.

O aparelho de ressonância magnética, indispensável para elaboração de laudos pré-operatórios, está quebrado e sem previsão de voltar a funcionar. Os pacientes na fila de espera por uma cirurgia são obrigados a fazer o exame em clínicas particulares.

A CPI comprovou também que o hospital não possui médico infectologista para gerenciar a Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH). Sem os cuidados da comissão, a unidade enfrenta sérios riscos de comprometer a saúde dos pacientes por causa de infecções hospitalares.

O setor de nefrologia do Francisca Mendes, que cuida de pessoas com problemas renais, também parou de funcionar. A empresa que prestava o serviço de diálise (filtragem do sangue) deixou o hospital. Até o momento o governo do Estado não retomou o serviço.

As informações obtidas pela CPI na inspeção ao Hospital Francisca Mendes serão anexadas ao relatório final da comissão, que será encaminhado ao Ministério Público Federal.


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