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CPI da Saúde conclui primeira fase de investigações e anuncia nova etapa de interrogatórios

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Manaus –  A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas concluiu hoje (30) a primeira fase de investigações relacionada à compra superfaturada de respiradores hospitalares por parte da secretaria estadual de Saúde (Susam).

A conclusão coincidiu com a operação Sangria, realizada nesta terça-feira pela Polícia Federal e que também investiga a compra de respiradores pela Susam.

Os membros da CPI constaram que houve superfaturamento na compra dos 28 aparelhos hospitalares, totalizando o pagamento de R$ 2,97 milhões à loja de vinhos FJPA. Também foi constatada a fraude na licitação da Susam, que motivou a Polícia Federal a prender hoje a secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, e vários ex-secretários acusados de desvio de recursos públicos.

“A investigação sobre quem era o mandante do grupo criminoso que atuava na Susam será executada agora pela Polícia Federal, que tem todas as informações para concluir o processo”, afirmou o relator da CPI, deputado Fausto Jr.

A próxima fase das investigações da comissão começa amanhã, quando serão coletadas informações sobre o aluguel do hospital de campanha Nilton Lins, onde o governo do Estado pretendia pagar R$ 2,6 milhões. O pagamento foi suspenso após vazarem informações de irregularidades no contrato de aluguel entre a universidade Nilton Lins e a Susam.

A investigação analisará também os serviços de 16 empresas terceirizadas que atuam na unidade hospitalar. Segundo foi apurado pela comissão, as empresas terceirizadas atuam ilegalmente no hospital, realizando atividades como limpeza e conservação, lavagem de lençóis e prestação de serviços médicos, entre outros.

A CPI também investigará o programa Anjos da Saúde, que recebeu apoio financeiro do governo do Estado para auxiliar familiares e vítimas do coronavírus. Para o serviço, a secretaria de Saúde pagou R$ 6 milhões para o Anjos da Saúde, porém os serviços jamais foram realizados, segundo apurou a CPI.

Amanhã, às 14h, a comissão ouvirá o depoimento do superintendente do Hospital Universitário Getúlio Vargas, Júlio Mário de Melo. Às 14h30 será a vez do presidente do Hospital Beneficente Portuguesa, Vitor Vilhena da Silva, depor à CPI.

Às 15h será ouvido o procurador da empresa de lavanderia Norte Serviços Médicos, Alecrim John, dar esclarecimentos sobre o serviço realizado no hospital Nilton Lins.

Na sexta-feira (03), às 10h, será interrogada a consultora de marketing Carla Pollake da Silva. Ela terá que explicar o funcionamento do programa Anjos da Saúde.


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