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Conta de luz pode ficar 20% mais cara com a tarifa branca

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Neste ano, casas e pequenos estabelecimentos comerciais que consomem a partir de 250 kWh (quilowatts-hora) de energia por mês podem pagar em até 20% na conta de luz por meio da tarifa branca, segundo especialistas financeiros. Os educadores de finanças orientam que é preciso saber o perfil de consumo antes de optar pelo modelo tarifário.

“É preciso que cada consumidor analise direitinho. A tarifa pode ser interessante sim, mas não é simplesmente porque a Aneel falou que é bom. Tem aquele detalhe de você passar a consumir fora do período de ponta. Se o perfil de consumo for no período de ponta, o consumidor pode pagar até 20% mais caro. Porém, existem outras opções que é economizar a energia. É claro que demandaria um esforço como aquisição de outros equipamentos que tenham um nível de consumo mais eficiente, trocar lâmpadas e ar-condicionado”, diz o educador financeiro André Torbey.

Para a especialista em finanças Glauce Galúcio, é importante que o consumidor conheça seu perfil de consumo e compare suas contas com a aplicação das duas tarifas.

“Quanto mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta, maiores são os benefícios desta modalidade. Todavia, a tarifa branca não é recomendada se o consumo for maior nos períodos da noite e no horário intermediário. Principalmente, se não houver possibilidade da pessoa transferir o uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta, que é durante a manhã. Nessas situações, o valor da fatura pode subir. Por isso, é bom ter atenção ao solicitar a mudança”, diz Glauce.

Consumidores não aprovam a tarifa

A costureira Jane Goreth Ferreira, 57, diz que trabalha na sua própria casa e sua conta de luz sempre vem num valor elevado.

“A conta aqui em casa só vem acima de R$ 250. Eu acho um absurdo. Nós não adotamos essa tarifa, pois aqui nós mantemos os eletrodomésticos o dia todo ligados. Não vale a pena para nós”.

A técnica de enfermagem Danielle Serra, 28, conta que trabalha e estuda, parte do seu tempo é fora de casa, mas que resolveu não adotar a tarifa, pois suspeita que não seja vantajoso.

“As vantagens dessas operadoras de energia para eu são suspeitas. Então resolvi não optar”.

Nos dias úteis, o valor varia em três horários

Os períodos estão divididos em energia barata, cara e bem mais cara. O horário de ponta corresponde ao período de 20h às 22h59, onde a energia estará bem mais cara. O intermediário ficará das 19h às 19h59 e das 23h às 23h59, com a energia cara. Já o Fora de Ponta, que é das 0h às 18h59, é a energia bem mais barata. Nos feriados nacionais e finais de semana, o valor para todas as horas do dia são considerados fora de ponta.

Desvantajosa para famílias que passam o dia fora e ficam em casa à noite

Segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), o consumidor que fizer a opção errada pode acabar pagando um valor muito elevado. Uma dica da entidade é testar, durante um mês, uma adaptação a uma rotina de menos uso de energia nos horários de pico, antes de aderir à tarifa branca. Se a adaptação não fluir bem, melhor permanecer com a forma de cobrança convencional.

 Vantajosa para quem estuda ou trabalha à noite

Para decidir se vale a pena aderir à tarifa branca, é preciso avaliar com cuidado seus hábitos de consumo de energia elétrica. Por exemplo: em que horários sua família usa os aparelhos que mais consomem energia, como chuveiro elétrico, ar condicionado e ferro de passar roupa?

Se for no horário de pico da sua região, não vale a pena optar pela tarifa branca. Agora, se for fora do horário de pico, ela pode ser uma boa opção.

 Quem não pode aderir?

A tarifa branca não está disponível para pessoas de baixa renda que já pagam uma tarifa menor, nem para grandes consumidores, que fazem parte de uma rede de energia diferente, de média e alta tensão.

Como faço para aderir à tarifa branca?

A adesão por parte do consumidor deverá ser feita junto à Eletrobras Distribuição Amazonas. A empresa será responsável pelos custos de aquisição e instalação dos equipamentos de medição com funcionalidade adicionais necessárias ao faturamento da tarifa branca. Porém, o consumidor é responsável pelos custos decorrentes de eventuais alterações no padrão de entrada de sua unidade consumidora. Para mais informações, acesse:http://www.aneel.gov.br/tarifa-branca.


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