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Votação do impeachment no plenário da Câmara começará às 14h de domingo

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BRASÍLIA — A sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados começará no próximo domingo às 14h, segundo cronograma definido em reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As discussões do processo de afastamento terão início às 8h55 da sexta-feira (15). A informação foi passada pelos deputados Bruno Araújo (PSDB-PE) e Pauderney Avelino (DEM-AM), líder do partido. Os dois participaram da reunião com Cunha.

Na sexta-feira, tanto os autores do pedido de impeachment quanto a defesa da presidente Dilma terão 25 minutos para falar. No mesmo dia, cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá o direito de falar por uma hora. Os líderes indicarão até cinco deputados para discursar.

Todos os deputados também terão direito de se inscreverem, entre às 9h e 11h de sexta, para discursarem no sábado, quando a sessão para discursos dos parlamentares inscritos começará às 11h. Cada deputado terá 3 minutos para falar. Os líderes também poderão discursar em todas as sessões — o tempo é proporcional ao tamanho das bancadas e varia de 3 a 10 minutos.

A sessão no domingo terá início às 14h, com a orientação das lideranças das legendas. Em seguida, os deputados serão chamados um a um para dizer o voto. O presidente da Câmara ainda não informou qual será a ordem de chamada dos parlamentares. Semana passada, chegou a ser divulgada uma lista na qual os parlamentares do Nordeste seriam chamadas por último. Para deputados governistas, a ordem deve ser alfabética, como foi na votação do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.

— Não haverá possibilidade mais dos líderes e questões de ordem iniciada a votação. Há um entediamento de que cada deputado utilize 10 segundos para o seu voto — disse o deputado Bruno Araújo.

Os deputados da oposição querem que os parlamentares que faltarem à sessão de votação alegando problemas da saúde sejam submetidos a exame do Departamento Médico da Casa. A ideia dos oposicionistas é que, caso o órgão da Câmara não ateste motivo para a ausência, o deputado seja submetido a processo de cassação do mandato por quebra de decoro no Conselho de Ética.

A ação faz parte de uma estratégia da oposição para evitar que deputados faltem à votação e, com isto, não seja possível alcançar o número de votos suficiente para aprovar o impeachment, de 342.

Nem o vice-presidente Michel Temer, nem o presidente do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB, vão acompanhar a votação do plenário da Câmara em Brasília. Temer irá para São Paulo. Segundo pessoas próximas, ele deverá deixar a capital federal entre esta terça e quarta-feira e retornar só após concluído o processo pelos deputados. Já Renan deve embarcar para Maceió na quinta-feira e retornar à capital federal segunda-feira pela manhã.

*Estagiário sob supervisão de Francisco Leali


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