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Vazamento dos áudios de Jucá preocupa Lava-Jato

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CURITIBA – O coordenador da força tarefa da Operação Lava-Jato na Polícia Federal, o delegado Igor Romário de Paula, afirmou que a divulgação dos áudios contra o ex-ministro do Planejamento e senador, Romero Jucá, atrapalham as investigações.

Durante a coletiva da 30ª fase da operação, batizada de “Vício”, realizada na manhã desta terça-feira, o delegado disse ainda que as interferências políticas sobre a Lava-Jato preocupam a força-tarefa. Até o momento, segundo, Igor de Paula, o novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, não interferiu nos trabalhos.

— O que nos preocupa somente é que isso (os áudios) venha a público dessa forma, sem que uma apuração efetiva tenha sido feita antes — reclamou o delegado.

Na segunda-feira, o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou trechos de uma conversa entre Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No diálogo, feito através de uma escuta ambiental antes do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Jucá diz que é necessária uma mudança de governo para “estancar a sangria”, em suposta referência às investigações. Em coletiva, o ex-ministro negou.

Igor de Paula afirmou que a interferência política virou sim um alvo de preocupação dos investigadores desde que as apurações chegaram ao núcleo político do esquema de corrupção. Contudo, afirmou que escolha do nome de Alexandre de Moraes (PSDB) para a Justiça “foi super positiva para o trabalho”.

— Preocupa. Mas, até o momento, não detectamos nada no âmbito da polícia. Eu falei, ontem (segunda-feira), e isso realmente aconteceu. A entrada do ministro Alexandre de Moraes foi super positiva. Está todo mundo trabalhando com mais tranquilidade — disse o delegado Igor Romário de Paula.

O Ministério Público Federal não quis se manifestar sobre o assunto.


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