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Temer convida Picciani para assumir Ministério do Esporte, mas deputado nega

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BRASÍLIA — O vice-presidente Michel Temer (PMDB-RJ) convidou o deputado Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara, para ser o ministro do Esporte caso ele assuma a presidência. O deputado, que trabalhou ativamente pelo governo da presidente Dilma Rousseff, negou o convite. Os dois se reuniram na noite de terça-feira e, de novo, nesta quarta-feira, no Palácio do Jaburu.

Temer já decidiu que a pasta será dada ao PMDB do Rio — pela importância do diretório, pelo papel decisivo que ele teve na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff e por ser ano de Olimpíadas, que ocorrem na cidade carioca. O nome cogitado é o de Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e atual secretário de Esporte do governo do Estado.

Segundo peemedebistas que estiveram com Temer nos últimos dias, ele também já se comprometeu a dar dois ministérios para o PMDB da Câmara. As escolhas passarão por Picciani, mas a ideia do vice-presidente é contemplar um nome de cada grupo do partido, que se dividiu quando Picciani foi destituído da liderança, em dezembro do ano passado. Um nome seria mais ligado ao grupo do líder, e o outro ocupado pelo grupo majoritário, representado pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA) — irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos mais próximos aliados de Michel Temer e que deve ocupar a articulação política no governo do peemedebista.

Esta quarta-feira foi o dia de encontros com deputados do PMDB. Além de Jarbas Vasconcelos (PE) e de Picciani, Temer recebeu a ala mineira do PMDB da Câmara para um almoço no Jaburu, do qual também participaram o vice-governador de Minas, Antônio Andrade, e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves. Os deputados pediram a Temer que o Estado tenha um espaço de destaque em sua gestão, um ministério de primeiro escalão. Temer disse, segundo relatos, que a reivindicação era justa.

— Lembramos que Minas tem sido decisiva em votações e foi também importante na do impeachment. Dissemos a ele: queremos um ministério de primeiro escalão, estamos muito desprestigiados no governo Dilma. Ele disse que ia pensar, mas que o pleito era justo — disse um deputado que esteve no almoço.

A bancada de Minas diz que não levou nomes nem reivindicou pastas específicas “para não melindrar a escolha”. Entre os parlamentares, no entanto, o pleito é o Ministério da Educação em primeiro lugar, mas também agradaria ficar com Transportes ou Minas e Energia. Para a Educação, um dos nomes ventilados é o do deputado Saraiva Felipe.

— Ele foi muito cauteloso ao falar em nomes. Nunca vi o Temer medir tanto as palavras, e olha que o conheço há muitos anos. Para não errar nem se comprometer com ninguém. Acho que isso está lhe custando muito caro emocional e fisicamente. Ele nos disse que está bastante pressionado — contou um outro deputado do PMDB de Minas.


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