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Senadores fazem desagravo a Gleisi no plenário sobre ação da PF

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BRASÍLIA — Senadores de diversos partidos fizeram um desagravo em plenário à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro Paulo Bernardo, que foi preso em Brasília no apartamento funcional onde reside o casal. Lindbergh Farias (PT-PR) foi quem puxou o tema em plenário.

— É uma grande mulher, batalhadora, e venho lhe trazer um apoio forte e vigoroso: não esmoreça! — afirmou Lindbergh, que se disse ainda “arrasado” com a ação.

Falaram também os senadores Vanessa Grazziottin (PC do B-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Elmano Ferrer (PTB-PI) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Todos fizeram elogios à colega.

Eles destacaram em suas falas que a prisão preventiva de Paulo Bernardo seria desnecessária por não haver obstrução de justiça nem risco de fuga. Questionaram ainda o fato de um juiz de primeira instância ter autorizado busca em um apartamento funcional da Casa, uma vez que o casal reside no local.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou que a Advocacia Geral do Senado ingresse junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) com uma reclamação questionando a questão de a entrada na residência da senadora

Raupp, que é investigado na Operação Lava-Jato, reclamou dos “excessos das delações” e disse que não pode se atribuir culpa a nenhum governo, mas que devem ser apurados os excessos.

— Não cabe a nós culpar governo, nem o passado, nem o atual, pelo que está acontecendo. Os excessos eles existem. Já pude alertar dos excessos das delações. Pode ter verdade, mas tem muitas mentiras entranhadas. Assim como acontece com os excessos do Ministério Público. Espero que a justiça possa fazer justiça com as pessoas inocentes nesses processos — disse o peemedebista.

ELOGIOS À OPERAÇÃO

No início da sessão, outros dois senadores tinham comentado o caso. O senador Lasier Martins (PDT-RS) fez um pronunciamento elogiando a operação.

– Essa operação nos deixa claro que passamos por um verdadeiro processo de depuração, um esperado processo de depuração pela população brasileira há muitos anos. A corrupção no Brasil vem de décadas, e sempre se lamentou que a impunidade perdurava indefinidamente, o que não mais acontece — disse Lasier.

Ana Amélia (PP-RS) fez um aparte ao colega também com elogios à ação deflagrada pela Polícia Federal.

— Vou lhe dizer sinceramente: não me é agradável. Não festejo, não celebro o que aconteceu com a prisão, mesmo de um adversário político. Acho que isso não é motivo para alegria e regozijo de quem quer que seja e que tenha responsabilidade. Mas esse é um sinal muito claro de que essas instituições estão tratando todos de maneira igual, todos de maneira igual perante a lei. A lei é igual para todos, então não importa que seja o presidente da República, o vice-presidente do Senado ou da Câmara, qualquer poder. Não estão acima da lei – afirmou Ana Amélia.


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